O que significa Transprojetação?

A Transprojetação é uma metodologia fundamentada nas obras de Edgar Morin e Michel Thiollent.
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E GESTÃO PARA A SUSTENTABILIDADE com a Soft Systems Methodology e a Pesquisa-ação.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Buracos de minhoca podem unir dois buracos negros

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/12/2013
Buracos de minhoca podem unir dois buracos negros
A matemática dos buracos negros é praticamente a mesma da usada no entrelaçamento quântico, indicando que podem ser diferentes manifestações da mesma realidade física. [Imagem: Alan Stonebraker/American Physical Society]
Do quântico ao astrofísico
O entrelaçamento quântico - ou emaranhamento - é um fenômeno real, embora não totalmente compreendido, que interliga duas partículas instantaneamente, não importando se uma delas está aqui e a outra no outro extremo da galáxia.
Agora uma dupla de físicos garante que pode haver um entrelaçamento entre buracos negros.
Isso, segundo eles, equivaleria a criar um buraco de minhoca entre os dois buracos negros entrelaçados.
Buracos de minhoca são outra esquisitice, mas não da mecânica quântica, e sim da relatividade, no extremo oposto dimensional, no campo da astrofísica.
Segundo as teorias, os buracos de minhoca seriam atalhos entre pontos diferentes do espaço, em síntese permitindo viagens interestelares em velocidades muito superiores à velocidade da luz.
Kristan Jensen (Universidade de Washington) e Andreas Karch (Universidade de Stony Brook) estão propondo que um entrelaçamento entre dois buracos negros equivale à existência de um buraco de minhoca entre os dois.
Segundo os físicos, se dois buracos negros ficarem entrelaçados, uma pessoa que se aproximasse de um deles seria capaz de ver ou se comunicar com outra pessoa que estivesse nas proximidades do outro buraco negro.
Analogia matemática
A dupla não descobriu nenhum novo fenômeno e nem fez nenhum experimento. Na verdade, eles descobriram uma coincidência entre equações usadas pelas duas teorias, envolvendo o entrelaçamento de partículas da mecânica quântica e os buracos negros.
Mas essas equações permitem viajar longe no reino da interpretação da teoria - a bem dizer, entrando no reino das ficções científicas.
As equações indicam que as características de um buraco de minhoca são as mesmas de dois buracos negros entrelaçados, matematicamente falando.
Se o entrelaçamento é bem verificado no campo das partículas, também parecem existir buracos negros de todas as dimensões, de monstros maciços no centro das galáxias até buracos negros microscópicos, do tamanho das partículas quânticas.
Isto encorajou os físicos a fazer a analogia.
"Se você saltar em seu buraco negro, e a outra pessoa saltar no buraco negro dela, o mundo interior será o mesmo," propõe Karch.
Para que isso faça sentido, é necessário imaginar um buraco negro não como uma singularidade de massa e gravidade gigantescas, mas como um "portal" unido ao outro por um buraco de minhoca - nessa interpretação, o próprio buraco negro desaparece, dando lugar a um "vazio" que nada mais seria do que um duto para outro ponto no espaço.
Buracos de minhoca podem unir dois buracos negros
Buracos de minhoca são possibilidades matemáticas, embora nenhuma teoria admita a possibilidade concreta de se entrar por eles. [Imagem: Allen McC./Creative Commons]
Interpretações
A teoria quântica nunca havia falado em buracos de minhoca entrelaçando as partículas até agora, embora o fenômeno pareça estabelecer uma comunicação instantânea entre as partículas entrelaçadas, algo que já foi testado na prática, mas está longe de ser compreendido ou explicado.
Mas, ao ver a ideia de Jensen e Karch, Julian Sonner, do MIT, correu para as equações da Teoria das Cordas.
Depois de fazer as contas, ele acredita ser possível fundamentar a ideia de que todos os entrelaçamentos quânticos realizam a ação fantasmagórica à distância por meio de buracos de minhoca, fazendo o caminho inverso e trazendo a ideia da dimensão dos buracos negros para a dimensão das partículas subatômicas.
O que é bom lembrar é que a equivalência entre equações foi encontrada em modelos simplificados que descrevem um universo sem gravidade - e, sem gravidade, não parece haver sentido em falar em buracos de minhoca e nem mesmo em buracos negros.
"Nós apenas seguimos regras bem estabelecidas, que as pessoas conhecem há mais de 15 anos e nos perguntamos: 'Qual é a consequência de um entrelaçamento quântico," reconhece Karch.
Para ele, a coincidência nas equações significa que os buracos de minhoca e o entrelaçamento podem ser diferentes manifestações da mesma realidade física, ainda que se baseie no que a revista Science chamou de "modelo de universo de brinquedo".
Contudo, a pesquisa pode ter desdobramentos interessantes, mesmo porque as teorias cosmológicas sempre se basearam em modelos simplificados
Os físicos acreditam que seu exercício matemático pode fornecer mais uma alternativa para a unificação entre a mecânica quântica e a relatividade, duas teorias de enorme sucesso em suas respectivas áreas, mas incompatíveis entre si.
E pode também reforçar a teoria do holograma cósmico.
Bibliografia:

Holographic Dual of an Einstein-Podolsky-Rosen Pair has a Wormhole
Kristan Jensen, Andreas Karch
Physical Review Letters
Vol.: 111, 211602
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.211602

Holographic Schwinger Effect and the Geometry of Entanglement
Julian Sonner
Physical Review Letters
Vol.: 111 (21)
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.211603

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

"III Simpósio Internacional de Responsabilidad Social de las Organizaciones (SIRSO) - Lima (PERU)". Publicado por Conversa Sustentável

RESERVE EM SUA AGENDA - III Simpósio Internacional de Responsabilidad Social de las Organizaciones (SIRSO) - Lima (PERU)". O Evento acontcerá nos dias 30 e 31 de outubro de 2014.


domingo, 1 de setembro de 2013

A TRANSPROJETAÇÃO É CAPAZ DE POPULARIZAR A SUSTENTABILIDADE

Ensinar crianças e adultos a terem atitudes sustentáveis, não é tarefa fácil. Popularizar o conceito, menos ainda. A educação para a sustentabilidade só pode acontecer através de metodologias como a Transprojetação. O livro Capacitação de Gestores para o Século XXI, apesar de ter sido lançado em 2004, em sua primeira edição, é bastante atual. Se quiserem conhecer falem comigo, ainda tenho alguns exemplares da primeira edição. Para quem tiver interesse, é gratuito, pois foi editado no Gabinete do então, senador Saturnino Braga, com quem trabalhei durante oito anos no Senado Federal. 

sábado, 27 de julho de 2013

3ª Enquete CiiS: reforma universitária e sustentabilidade

EnqueteQuem acompanha a temática da sustentabilidade sabe que o tema da reforma do ensino superior é uma pauta constante e, mais cedo ou mais tarde, vamos precisar encarar esta realidade para poder termos profissionais mais alinhados com as temáticas.
No entanto, não existe um debate muito aberto sobre este tema. Na França, o filósofo Michel Serres, acredita que deve haver um programa comum para todas as disciplinas, ou seja uma grande narrativa comum de todas a ciências, e nas humanas, um mosaico de conhecimento, criando assim uma unidade de saberes. A nossa terceira enquete aborda exatamente esta questão. Veja a abaixo:
Como introduzir conceitos de sustentabilidade nas grades curriculares do ensino superior?
  • Introduzir disciplina(s) sobre sustentabilidade em cada área de conhecimento (57%, 4 Votes)
  • Fazer uma profunda reforma em todos as áreas de conhecimento para buscar a maior transdiciplinaridade possível (57%, 4 Votes)
  • Reformar os currículos de cada área de conhecimento para introduzir conceitos de sustentabilidade nas ementas de todas a disciplinas (43%, 3 Votes)
  • Introduzir um ano de estudo comum sobre ciências naturais, ciências humanas, ciências políticas em todas as áreas de conhecimento (43%, 3 Votes)
  • Não é preciso mexer nos currículos de graduação, pois a oferta de cursos de extensão e pós-graducação suprem esta necessidade (0%, 0 Votes)
  • Não é preciso mexer nos currículos de graduação, pois o mercado oferece esta especialização nas empresas (0%, 0 Votes)

sexta-feira, 26 de julho de 2013

PRÓLOGO - CAMINHOS MARXIANOS - CONTINUAÇÃO

 "Estes textos, continua Morin, tem início na época de Arguments, quando o fato de adotar ou rejeitar o rótulo de marxista me parecia secundário. Entretanto, não houve então ruptura relativamente à época anterior em que me reconhecia marxista. Com efeito, meu marxismo era singularmente aberto, como testemunha L'Homme et la mort, escrito em 1948-50. Eu aí integrava a contribuição de diversas ciências humanas, o pensamento de Freud, Rank, Ferenczi, Jung, e alimentava-me de Heidegger e Sartre. Meu marxismo era caracterizado justamente por este traço integrador que visava apreender a multidimensionalidade do problema humano da morte; buscava uma "totalidade" que não fosse aditiva. Foi durante a caminhada de Arguments, que liguei minha inspiração à "totalidade" com a consciência adorniana, complementar e contraditória, de que a totalidade é a não-verdade.
Meu marxismo era de fato o de hegeliano-marxista no sentido de que ele não rompia com a filosofia (diferentemente de Naville e depois Althusser), mas não permanecia somente na filosofia. Sou fiel, mais que nunca, a esta concepção e toda a minha obra tenta ilustrá-la e desenvolvê-la.
Entretanto, cada vez mais fui percebendo que, doravante, Marx tornava-se para mim uma estrela, de primeira grandeza certamente, mas em meio a outras, numa rica constelação de pensadores tanto passados quanto contemporâneos.
"Ultrapassei" Marx integrando-o e não desintegrando,ainda que esta integração necessitasse de um certo deslocamento da estrutura de conjunto que assegurasse a coerência do sistema. "Completei" Marx onde julguei que havia carência e insuficiência, mas indo além de um neo ou pós-marxismo: precisava elaborar aquilo que, a partir de 1980, pude chamar de pensamento complexo. A "ultrapassagem" do marxismo continua a ser uma das vias para chegar ao pensamento complexo." (Os grifos são nossos) Edgar Morim (2002)

Observem que sem o conhecimento das obras de Marx e Edgar Morin, hoje, não há como se resolver os problemas do mundo. O que mais ouvimos dos políticos e gestores públicos e privados é a questão da situação atual, em que os mesmos se defrontam com a tal da alta complexidade. Na verdade, tudo foi "reduzido" à alta complexidade, como se fosse sinônimo de: "não temos como resolver isso", e por assim dizer: fica por isso mesmo...
O olhar desses gestores precisa se colorir com esse aprendizado, não há o que temer, ele existe para ser compreendido e não rechaçado, este aprendizado está aqui para ser utilizado. Desde 1980 que Morin tem se debruçado nessa questão - já se vão 33 anos e não existem aplicadores desses conceitos no nosso cotidiano psico-socio-cultural-ambiental.
Os problemas transbordam e não cessam, se acumulam sem se cumular, viram curvas para a direita e para a esquerda incessantemente, mas na verdade, não saem do mesmo lugar. Como eu sempre tenho dito é um círculo vicioso de mesma dimensão, que precisarão de diversos saltos quânticos, para trocarmos este círculo vicioso por círculos virtuosos, mesmo que estejamos no mesmo eixo de aprendizado, mas sem perdermos a direção de onde queremos chegar... Até aqui avançamos? Por que não?
Creio que quando atingirmos a evolução pretendida por Deus, não haverá morte, mas sim plenitude e descanso, pois a mudança se dará em nós mesmos, continuamente, sem que precisemos nascer e renascer coercitivamente e desesperadamente.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Nação brasileira quer um estado que seja presente e atuante por Saturnino Braga

 

CONJUNTURA

19/07/2013 - 23:01:09
 

Desde o último dia 17 de junho, o ex-senador Roberto Saturnino Braga é o novo presidente do Centro Internacional Celso Furtado, instituição inspirada no grande pensador brasileiro para a questão do desenvolvimento. Saturnino destaca que o Brasil vive momento ímpar, inclusive pelas manifestações de rua, estando em condições de chegar ao bicentenário, em 2022, como grande interlocutor dos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para uma nova ordem mundial.
Para ele o Estado deve liderar o investimento, mas ressalva que atualmente o grande desafio dos chamados “desenvolvimentistas”, que priorizam a distribuição de renda, é também contemplar, no âmbito desta prioridade, a questão da inflação, sob pena de perder apoio da sociedade. "Os desenvolvimentistas do passado, na sua querela com os monetaristas, costumavam dar pouca importância à inflação. Ou seja, a inflação não era encarada com a mesma prioridade do investimento”, comenta.
Por que Celso Furtado não foi contemplado com um Prêmio Nobel?
Celso foi nosso grande pensador desenvolvimentista. Figura extraordinária que não ganhou o Premio Nobel por um preconceito contra o Brasil que ainda existe, apesar de que após a eleição de Lula esta imagem de que não seria um país sério, começou a mudar. O Brasil conseguiu um certo êxito no desenvolvimento econômico, no contexto da América Latina, e recentemente vive o êxito político da democracia. Historicamente, isto é muito incomum. Celso foi dos primeiros pensadores a valorizar a dimensão cultural do desenvolvimento. Ultimamente, ele estava também recuperando a dimensão política desse desenvolvimento, enquanto processo que resulta das exigências da sociedade, e não do mercado.
Qual sua expectativa com relação ao Centro Celso Furtado no futuro próximo?
A vocação do Centro é continuar pesquisando e debatendo, formulando, discutindo sobre o desenvolvimento na sua nova visão, que incorpora o social, o cultural e também o político. Por coincidên-cia, o Brasil está vivendo momento em que o político está clamando nas ruas. Já aconteceram outros clamores no passado, mas voltados para eleições diretas, derrubada de governantes corruptos. Agora as manifestações exigem audiência do povo, não é por acaso que não têm objetivos claros. Apenas “queremos democracia na qual sejamos ouvidos”. Nossos representantes perderam represen-tatividade, o que aliás é um fenômeno mundial, pois a democracia representativa carece de aperfeiçoamento.
No Brasil de hoje o povo quer serviços públicos padrão Fifa e não estádios. Temos um caminho para um novo desenvolvimento, que está a pedir formulações, estudos, racionalizações. Esta é a meu ver a missão do Centro. Estou muito entusiasmado.
Como superar o neoliberalismo, que tem sido hegemônico nas últimas décadas?
O Brasil rejeitou o neoliberalismo em 2002. A eleição de Lula tem claramente esse clamor pelo resgate do papel do Estado, que é uma representação política, ao contrário do mercado. A retomada da presença do Estado significa que a nação brasileira quer um desenvolvimento e um processo político no qual o Estado esteja atuante, direta e indiretamente ordenando as prioridades da economia.

Muitos criticam os governos do PT por terem, de certa forma, frustrado essas expectativas...
Sim, mas estou há 50 anos na vida pública e aprendi que política é negociação. É preciso ter atenção na viabilidade política das propostas. Lula percebeu isso e logo avisou que não veio fazer revolu-ção, mas um novo arranjo político. A esquerda cobra mais, porém Lula chamou Henrique Meirelles para presidir o Banco Central como garantia para fazer programas de distribuição, retomada do planejamento. Fez essa negociação implícita e avançou onde pensou que poderia avançar. Poderia talvez ter ido mais adiante, mas certamente se lembrou de João Goulart e Salvador Allende. Já Dilma tem pouco gosto pela política. É competente e séria, mas tem uma linha mais tecnocrática.
Nas cinco medidas propostas por Dilma após as manifestações, logo a primeira aponta para a manutenção do arrocho fiscal e das metas de inflação. Isto combinado com a liberalização financeira não nos deixa sem autonomia para formular políticas?
Sim. Está faltando essa dimensão política de negociar para continuar avançando no sentido de ter o controle nacional, do Estado e da sociedade, no processo econômico.
E como isto é possível sem gastar, sem administrar o câmbio?
O período grande de câmbio supervalorizado corroeu muito a competitividade industrial brasileira. Depois veio a reação contrária, subida rápida do dólar, que fará bem à indústria, mas no curto prazo prejudica o lado social, que também é fundamental. O projeto político de Lula e Dilma prioriza fortemente a questão social. Então há que haver atenção redobrada sobre a inflação para não eliminar o impacto positivo da distribuição de renda. Dilma está vivendo esse: não admitir que a inflação possa corroer os ganhos sociais e, por outro lado, manter um mínimo de capacidade de investimento do Estado, que é muito baixa.
Há exagero na aposta do governo no consumo?
Esse erro vem desde o final do governo Lula: apostar demais no consumo e dar pouca importância ao investimento, que é crucial. O Brasil tem uma história, um comportamento empresarial muito ligado à cultura do comando do Estado. Se este não investe, o empresariado não vai atrás. Então, o Estado não pode reprimir o investimento. Precisa ousar um pouco mais para chamar o empresariado a investir. Este balanço entre o investimento do Estado e a contenção da inflação resultante da alta do dólar é o dilema vivido por Dilma. 
Os países que comandam a economia mundial estão presos ao conservadorismo. Qual o grau de liberdade atualmente para novas formulações desenvolvimentistas?
Dos Brics deve surgir o novo rumo para a economia e a política mundiais. A China tem muito a dizer, mas é um mistério para nós. A Rússia também tem muito a dizer, por ser uma potência, mas ainda guarda muita ligação histórica com a Guerra Fria. A Índia é outra potência cultural e histórica, mas ainda tem uma enorme bolsa de miséria. A África do Sul terá muito a falar em nome do continente africano, que ficou à margem da história, mas sob o ponto de vista de cultura e tecnologia está muito aquém. Então, nos Brics, creio que o país que pode falar mais é o Brasil, por sua história relativamente vitoriosa de desenvolvimento e que encontrou o caminho democrático. Ainda mais agora, com o povo na rua. 
Existe dilema entre aproximação comercial com o Mercosul e a busca de mercados mais desenvolvidos para nossas exportações?
É um falso dilema. Os mercados tradicionais hoje não têm nada a oferecer de animador. O regional ainda tem. Desenvolver esse potencial me parece muito mais propício, sem desprezar o tradicio-nal. Mas outro mercado que está surgindo é a África, que está num momento de ascensão. O Brasil está cuidando disso e tem identidade cultural e histórica com os africanos. 
Infelizmente a América Latina perdeu o México, para quem só resta reivindicar anexação aos EUA, já que perdeu a autonomia. Mas o resto da América Latina tem essa situação especial: ficou sempre na periferia, mas uma periferia que costuma suceder o poder central. Os gregos foram periferia dos persas, os romanos foram periferia dos gregos. Neste momento a América Latina está ganhando dimensão, não digo para ser hegemonia, mas para ter capacidade de apontar novos rumos para o mundo.
Rogério Lessa
 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

PRÓLOGO - CAMINHOS MARXIANOS - Em busca dos fundamentos perdidos (Edgar Morin, 2002)

Dando continuidade a este livro fantástico de Edgar Morin, que reúne uma sequencia de cinco textos, onde os três primeiros apareceram pela primeira vez na revista Arguments, entre 1957 e 1962; o quarto, em Les Cahiers du Centre d'Étdes Socialistes, no final de 1963; o último, em Le Monde, nos anos 80. Morin destaca que se acha distanciado deles, mas neles se reencontra, e continua o autor:
"Distanciei-me deles, principalmente, porque careciam de certos conceitos que, desde os anos 70, tornaram-se para mim indispensáveis: o de dialógica substituindo a dialética, o de circuito recursivo, o de princípio hologramático e, enfim, o conceito de complexidade.
Todavia, neles me reencontro, nada tendo a renegar ou rejeitar, senão algumas vezes, e tão-somente corrigir a expressão ou complementar."
1. dialógica substituindo a dialética, o
2. circuito recursivo, o
3. princípio hologramático e, enfim, o conceito de complexidade.
Para aqueles que estão iniciando nos estudos da Teoria da Complexidade, são conceitos que percorrerão toda a obra de Edgar Morin, entre muito outros conceitos, que são hoje fundamentais para o entendimento do mundo atual.
Nesta obra em especial, Morin tece com toda a sua teoria e vivência naquela época, o entendimento e a diferença entre Marx e os marxistas...

domingo, 21 de julho de 2013

EM BUSCA DOS FUNDAMENTOS PERDIDOS - EDGAR MORIN





"Os marxistas são o que acreditam ser? Não há uma ideologia marxista que se teria formado como uma espécie de crosta sobre uma realidade que ela quer mascarar? Em outras palavras, creio que existem em Marx, no método de Marx, todas as possibilidades para colocar questões verdadeiramente decisivas aos diferentes marxismos que se enrijeceram. Neste sentido, considero que há um recurso necessário: recurso ao método, retorno ao espírito de Marx como ataque crítico ao sistema marxista."
Edgar Morin (2002) - Em busca dos fundamentos perdidos: textos sobre o marxismo.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O problema da saúde e a teoria da complexidade

 Hoje de manhã ouvindo a rádio CBN, como sempre faço, prestei bastante atenção em uma reportagem sobre os planos de saúde. Problema recorrente, com as mesmas situações conhecidas daqueles que utilizam o SUS.
De um lado um governo que tenta impor a todo o custo, a qualidade dos serviços desses planos de saúde, e de outro, o total descompromisso desses planos de saúde com a realidade atual.
Mas, quais são as causas dos problemas que estamos enfrentando hoje?
1. Aumento da população, sem se quer ser observado pelos gestores dos planos de saúde, pois estes deveriam minimamente, realizar planejamentos estratégicos, para de alguma forma prever o que poderá acontecer em um futuro próximo, ou não muito próximo - OBRIGAÇÃO PRIMEIRA;
2. Lucro a qualquer preço, pagando pouco aos seus médicos, sem investimento em infraestrutura de pessoal, treinamento, tecnologia de informação etc;
3. Por outro lado o Governo e suas Agências, tentando fazendo a sua parte, criando normas de proteção quanto ao tempo para marcação de consulta, tempo do médico com cada paciente etc; mas lentíssimos na hora de fiscalizar e cobrar as multas que devem ser cobradas, rapidamente e sem demora, ocasionando desmoralização no sistema e mantendo os seus consumidores (clientes) sem proteção imediata;
4. Escolas de Medicina fraquíssimas, fazendo com que um médico não consiga aprender fisiologia, disciplina fundamental, e por isso, exigindo do paciente uma infinidade de exames tecnológicos, muitas vezes desnecessários, entupindo as agendas dos laboratórios;
Enfim, somente essas quatro causas já seriam suficientes para que algum "ser especial" as entendessem e formulassem soluções para estas causas, sem demora.
Mas há o hábito viciado de apontar sempre as suas consequências sem se quer, se preocuparem com a aplicação dos elementos necessários para a regulação desse sistema complexo, que deve ser tratado com responsabilidade e visão de mundo sustentável: melhorar a educação; exigir respeito as regras ou punição, com fiscalização constante; abolir jeitinhos e "amizades de interesse"/corrupção, são alguns caminhos que devem ser considerados.


 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O mundo perdeu a esperança? Retirado de Conversa Sustentável


(Entrevista de Edgard Assis Carvalho publicada na Revista Filosofia - Ciência & Vida, 83, junho de 2013)
 
Edgar Morin é, se dúvida, um dos intelectuais mais provocadores e relevantes da atualidade. Por esse motivo, ele é alvo do curso O pensamento de Edgar Morin – complexidade, integração e esperança, ministrado pelo professor Edgard de Assis Carvalho, tradutor das obras do filósofo no Brasil. As aulas, que vão até 13 de junho, na Associação Palas Athena, abordam a obra e a contribuição significativa de Morin para a humanidade. Entre os temas preferidos do antropólogo, sociólogo e filósofo francês destaca-se  a promoção de um mundo mais ético e justo, questão marcante a todo seu pensamento. Em sua trajetória, Morin integra diversas áreas do conhecimento para traçar os rumos das transformações indispensáveis nas esferas sociais, políticas e culturais. O curso tem como base algumas obras, entre elas A via para o futuro da humanidade, que analisa o tema tangenciando as relações sociais, a reforma da Educação, os problemas cotidianos e a necessidade da Ética em todas as dimensões humanas. Edgard de Assis Carvalho também é professor titular de Antropologia de Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), coordenador do Núcleo de Estudos da Complexidade (Complexus) e representante da Cátedra Itinerante da Unesco Edgar Morin. Possui trabalhos, livros, artigos, orientações de dissertações e teses na área de Antropologia Contemporânea e Antropologia dos Sistemas Complexos. Ele abora, para Filosofia, aspectos do curso e da obra de Edgar Morin.
FILOSOFIA: O curso aborda algumas das obras de Edgar Morin, entre elas A via para o futuro da humanidade, que analisa aspetos das relações sociais, problemas cotidianos e a necessidade da Ética em todas as dimensões. Como ele enxerga o futuro da humanidade?
CARVALHO: A via tem como mote o adágio latino sparsa colligo, que quer dizer “eu reúno o disperso”. A construção de uma via para o futuro implica um conjunto de reformas: do indivíduo, da sociedade, da Política, da Educação. Essas vias reformadoras podem desaguar numa via capaz de garantir um futuro sustentável para as gerações do presente e do futuro. Na abertura do livro está previsto um segundo volume, uma enciclopédia inacabada dos saberes, a ser escrito por múltiplas vozes que se juntarão ao texto original para ampliá-lo, redimensioná-lo e, até mesmo, criticá-lo.
FILOSOFIA: A obra de Edgar Morin é baseada, essencialmente, na promoção de um mundo mais ético e justo, integrando inúmeras áreas do conhecimento para traçar os rumos das transformações nas esferas sociais, políticas e culturais. De acordo como o pensamento filosófico e na sua visão, em que estágio se encontra a relação da Ética com o mundo nesse cenário tão heterogêneo de crises e conflitos?
CARVALHO: A obra é vasta demais e seu objetivo não pode ser reduzido à busca de um mundo mais ético e justo, pois a diversidade temática da obra é demasiado ampla. Existem questões de natureza filosófica e epistêmica a serem levadas em conta e isso, desde seu primeiro livro – O ano Zero da Alemanha –, publicado em 1946. O conjunto totaliza mais de 65 livros, sem falar nos comentadores e decifradores de suas ideias e proposições, dentre as quais me incluo. Fala-se muito do pensamento complexo e poucos são aqueles que se dedicam ao estudo dos seis volumes de O método, publicados entre 1977 e 2004. A Ética está presente na obra como um todo. Envolve o entrelaçamento, ao mesmo tempo, complementar e antagônico da Ética em si, da sociedade, da espécie. Em Rumo ao abismo? há uma afirmação fundamental: diante de um sistema-mundo repleto de contradições só existem duas possibilidade: a autodestruição ou a metamorfose. Claro que Edgar Morin aposta na segunda. Sabemos que o futuro nunca está dado de antemão e cabe a todos nós recriá-lo a todo momento, para que crises e conflitos possam ser superados.
FILOSOFIA: A intolerância (religiosa, política, comportamental etc.) é uma das características mais marcantes do mundo moderno. Com base em Morin, como pensar uma Ética quando o que se observa é o recrudescimento da violência nos principais polos mundiais de conflito? Como analisar, por exemplo, o recente atentado em Boston?
CARVALHO: A intolerância é visível em toda parte, principalmente nas condições atuais da mundialização. Parece que o mundo perdeu a esperança e o que vale agora é insignificância das relações humanas. O mal-estar na civilização diagnosticado por Freud em 1930 ampliou-se de modo incontrolado. Reverter esse processo requer a reativação do princípio-esperança, uma ideia original de Ernst Bloch retomada em recente ensaio de Edgar Morin, escrito com Stéphane Hessel, intitulado O caminho da esperança. Falecido nesse ano, Hessel foi um dos subscritores da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, e o autor de um livro que correu o mundo intitulado Indignai-vos. O Brasil não se deu conta da importância do livro. Penso que Boston pode ser visto nesse prisma. O núcleo do poder americano converte-se no alvo preferencial dessa confrontação em que a violência mimética se amplia. Basta olhar a safra cinematográfica atual – Homem de Ferro 3, Invasão à Casa Branca, Chamada de Emergência – para perceber a fragilidade do poder e a inconsistência da Política. Desde O cinema ou o homem imaginário, publicado em 1956, Morin havia diagnosticado a força cognitiva das imagens cinematográficas. Os filmes acima referidos são exemplos disso, sintomas de algo mais profundo, inconsciente, que rege a Biopolítica contemporânea. Costuma-se dizer que sociedades que perderam o sentido dos valores universais apelam para um vale-tudo particularista, que exibe o rompimento dos pactos sociais que regem as culturas humanas.
FILOSOFIA: Educação é uma preocupação recorrente nos trabalhos de Morin. O que você destacaria da obra do autor em relação a esse aspecto?
CARVALHO: No final do segundo mandato de François Mitterand, o então ministro da Educação nacional, Claude Allègre, solicitou a Edgar Morin que coordenasse o projeto da reforma do ensino médio. Em vez de começar por uma mera recomposição de currículos, foi proposto um simpósio intitulado A religação dos saberes, em que seriam discutidos metatemas: natureza, vida, terra, homem, história, conhecimento, cultura adolescentes. A partir daí foi construído um texto-base bastante utilizado no Brasil, Os sete saberes necessários à Educação do futuro – que não são disciplinas, mas pontos de partida que deveriam reger a totalidade curricular: erro, incerteza, totalidade, Ética. Claro que a rejeição corporativa e sindical impediu a implantação da reforma que foi abortada nos governos posteriores. Em Fortaleza, em 2011, com a presença de Edgar Morin, aconteceu um grande encontro intitulado Os sete saberes necessários à Educação do presente, em que foram analisadas as ressonâncias atuais do projeto original aqui no Brasil. Como resultado, elaborou-se a Carta da Fortaleza, na qual se reafirmam as atitudes transdisciplinares, que devem reger o ensino e a pesquisa, e isso em todos os níveis.
FILOSOFIA: Como pode ser definida hoje a convivência, nem sempre harmoniosa, entre Ciência e a Filosofia? Os cientistas ainda acham que a Filosofia não passa de conversa vazia e esta, por sua vez, segue fechada à Ciência?
CARVALHO: Cultura filosófica e cultura científica são dois contingentes a serem articulados com urgência, assim como a cultura dita científica e a cultura das humanidade. Todas as ciências são humanas. Em 1959, Charles Snow publicou importante livro, originalmente um programa radiofônico: As duas culturas, traduzidos no Brasil apenas em 1993. Nele, Snow afirma que nenhuma sociedade poderá pensar-se com sabedoria se não efetivar a religação dessas culturas. Afinal, Ciência, Filosofia, Arte são empreendimentos que tentam desvendar a condição humana em todas as suas dimensões. Não se trata de multiculturalismo, como consideram alguns, mas a fragmentação do pensamento é algo a ser ultrapassado. Sociedade, Educação, vida intelectual constituem uma totalidade e, como sabemos, a totalidade nunca se reduz à mera soma das partes. Totalidade são sistemas abertos repletos de ordens, desordens, bifurcações, reorganizações, que, por vezes, redefinem as trajetórias dos sistemas vivos.
FILOSOFIA: O conhecimento hoje está atrelado aso recursos tecnológicos, em detrimento, muitas vezes, do pensamento complexo. De que maneira Morin observa essa questão e como ele acha possível conseguir um equilíbrio entre essas duas correntes.
CARVALHO: Em 1953, Heidegger proferiu uma conferência intitulada A questão da técnica, posteriormente publicada em livro sob o título Ensaios e conferências. A edição brasileira é de 2002. Nesse pronunciamento, Heidegger reitera que, em si mesma, a técnica não é bom e nem má, mas que a sua utilização depende dos agentes que a criam e manipulam. O mundo contemporâneo se encontra submetido a um quadrimotor constituído pela ciência, pela técnica, pela indústria, pelo Estado, responsável por muitas desigualdades, exclusões, prepotências. Por vezes, os cientistas aderem ao poder, à lógica da convenção – para utilizar uma expressão de Edward Said, em seu livroRepresentações do intelectual, um conjunto de conferência de 1993, patrocinadas pela BBC, e, posteriormente, reunidas em livro publicado no Brasil em 2005, dois anos após sua morte. Não se trata de diabolizar a técnica. O mundo hipertécnico precisa ser colocado em seu devido lugar, como menos prometeísmo. Em 2011, Morin elaborou uma proposta, que foi discutida no Rio de Janeiro, intitulada Para um pensamento do Sul. Organizada pelo Sesc, ela foi discutida em três frentes entrelaçadas: Educação, Cultura, Economia. Entenda-se que o Sul não é uma noção geográfica, mas uma contracorrente capaz de se defrontar com a hegemonia tecnológica do Norte. Existem vários suis e nortes. É necessário incorporar as heranças culturais consideradas tradicionais e reinseri-las éticamente nos fluxos e circuitos da mundialização. O Encontro do Rio gerou um documento e um apelo dirigido a governos e instituições, que deveria ser levado em conta para que o pensamento complexo deixe de ser considerado uma utopia sem fundamento. Complexidade é tecer junto, religar saberes, implodir dualidades, quaisquer que elas sejam.
FILOSOFIA: Para ele, quais as atribuições do intelectual no mundo moderno?
CARVALHO: Há uma ponderação de Edgar Morin feita em Meus demônios, texto de 1994, publicado no Brasil em 1997. Não se trata de um perfil autobiográfico, como consideram alguns. Nesse livro, como em vários outros – Meu caminho, Minha esquerda, Meus filósofos, Minha Paris, Meu cinema –, esses dois últimos ainda inéditos no Brasil, há algo de suma importância: a indissociabilidade entre vida e ideias, que deve presidir a trajetória de qualquer sapiens-demens. Nem sempre convivem harmonicamente. Há recalques, pulsões, desejos. A objetividade da Ciência jamais conseguirá capturá-los integralmente, isso pelo fato de que, a todo tempo, somos assolados pelas desavenças e desencontros entre os sujeitos da enunciação e aquilo que enunciam. As atribuições do intelectual devem se situar nesse diapasão. O intelectual, Morin reitera, é aquele que ousa sair da sua competência disciplinar para refletir sobre os problemas mais amplos da cultura, esse vasto patrimônio criado por nós e para nós. Temos de ser competentes em nossa área de pertencimento, mas poder sair dela e contribuir para a preservação de nossa Terra-Pátria – título, aliás, de um de seus livros, publicados originalmente em 1993, traduzido no Brasil em 1996.

quinta-feira, 28 de março de 2013

CHAMADA DE TRABALHOS PARA A SASO 2013

Gostariamos de anunciar a chamada de trabalhos para a SASO 2013: 7th IEEE International Conference on Self-Adaptive and Self-Organizing Systems. A conferência acontece entre os dias 9-13 de Setembro de 2013, na cidade de Filadélfia-PA, EUA. Mais detalhes podem ser obtidos no link https://www.cs.drexel.edu/saso2013/.
Nossa missão é promover um aumento no número de contribuições provenientes de grupos de pesquisa localizados na América Latina, especialmente o Brasil. Portanto fazemos uso desse canal de comunicação oferecido pela plataforma Lattes (verificamos via 0800 que respeitamos as regras de uso).
Além do convite para contribuições científicas, gostarÍamos de pedir que por gentileza imprima a versão PDF da chamada de trabalhos encontrada no link https://www.cs.drexel.edu/saso2013/CFP/SASO_2013_CFP.pdf, para que esta seja divulgada junto a sua instituição de pesquisa. Também gostariamos de pedir que a chamada abaixo seja encaminhada para membros da sua lista de contatos interessados nos tópicos da SASO 2013.
Muito Obrigado,
SASO 2013 Publicity Chair
************************************************************************
CALL FOR PAPERS, POSTERS, WORKSHOPS, TUTORIALS, DEMOS
7th IEEE Intern. Conference on Self-Adaptive and Self-Organizing Systems
(SASO 2013)

Philadelphia (PA), USA; 9-13 September 2013
https://www.cs.drexel.edu/saso2013/
************************************************************************
Please find below other calls currently open:

CALL FOR POSTERS
https://www.cs.drexel.edu/saso2013/callforposters.php

CALL FOR WORKSHOPS
https://www.cs.drexel.edu/saso2013/callforworkshops.php

CALL FOR TUTORIALS
https://www.cs.drexel.edu/saso2013/callfortutorials.php

CALL FOR DEMOS
https://www.cs.drexel.edu/saso2013/callfordemos.php
---------------------
Aims and Scope
---------------------
The aim of the Self-Adaptive and Self-Organizing systems conference series (SASO) is to provide a forum for the foundations of a principled approach to engineering systems, networks and services based on self-adaptation and self-organization. The complexity of current and emerging networks, software and services, especially in dealing with dynamics in the environment and problem domain, has led the software engineering, distributed systems and management communities to look for inspiration in diverse fields (e.g., complex systems, control theory, artificial intelligence, sociology, and biology) to find new ways of designing and managing such computing systems. In this endeavour, self-organization and self-adaptation have emerged as two promising interrelated approaches.
Many significant research problems exist related to self-adaptive or self-organizing systems. A challenge in self-adaptation is often to identify how to change specific behavior to achieve the desired improvement. Another major challenge is to predict and control the global system behavior resulting from self-organization. Yet more challenges arise from the confluence of self-adaptation with self-organization. For instance, how do self-* mechanisms that work well independently operate in combination? How are meso-level structures formed which leverage micro-level behavior to achieve desirable macro-level outcomes, and avoid undesirable ones?
The seventh edition of the SASO conference embraces the inter-disciplinarity and the scientific, empirical and application dimensions of self-* systems; it thus aims to attract participants with different backgrounds, to foster cross-pollination between research fields, and to expose and discuss innovative theories, frameworks, methodologies, tools, and applications.
SASO welcomes novel results on both self-adaptive and self-organizing systems research. It seeks to emphasize the interconnection of basic research between and within fields, and the increasing protrusion of self-* systems into the human sphere, evaluating their impact on society, environmental sustainability, commerce, living/working spaces and critical infrastructure. Therefore contributions are welcomed that: apply self-* principles to solve real-world problems; unpick the entanglement of self-* systems and human users in socio-technical systems; present advances in self-* mechanisms or analyses with potentially broad application; investigate the combination and interconnection of self-* mechanisms; and/or identify and evaluate new self-* principles or mechanisms from the study of natural or engineered systems.
Contributions must present novel theoretical or experimental results, or practical approaches and experiences in building or deploying real-world systems, applications, tools, frameworks, etc. Contributions contrasting different approaches for engineering a given family of systems, or demonstrating the applicability of a certain approach for different systems, are equally encouraged. Where relevant and appropriate, accepted papers will also be encouraged to submit accompanying papers for the Demo or Poster Sessions.
----------------------
Important Dates
----------------------
Abstract submission
May 3, 2013
Paper submission
May 10, 2013
Notification
June 21, 2013
Camera ready copy due
July 19, 2013
Early registration
August 21, 2013
Conference
September 9-13, 2013
-----------------------
Topics of Interest
-----------------------
The topics of interest to SASO include, but are not limited to:

- Self-* systems theory: theoretical frameworks and models; biologically- and socially-inspired paradigms; inter-operation of self-* mechanisms;
- Self-* systems engineering: hardware, software and middleware development frameworks and methods, platforms and toolkits; self-* materials;
- Self-* system properties: robustness, resilience and stability; emergence; computational awareness and self-awareness; reflection;
- Self-* cyber-physical and socio-technical systems: human factors and visualization; self-* social computers; crowdsourcing and collective awareness;
- Applications and experiences of self-* systems: cyber security, transportation, computational sustainability, big data and creative commons, power systems.
--------------------------------
Submission Instructions
--------------------------------
All submissions should be 10 pages and formatted according to the IEEE Computer Society Press proceedings style guide and submitted electronically in PDF format. Please register as authors and submit your papers using the SASO 2013 conference management system. The proceedings will be published by IEEE Computer Society Press, and made available as a part of the IEEE digital library. Note that a separate call for poster submissions has also been issued.
-------------------
Review Criteria
-------------------
Papers should present novel ideas in the cross-disciplinary research context described in this call, clearly motivated by problems from current practice or applied research. We expect both theoretical and empirical contributions to be clearly stated, substantiated by formal analysis, animation or simulation, experimental evaluations, comparative studies, and so on. Appropriate reference must be made to related work. Because SASO is a cross-disciplinary conference, papers must be intelligible and relevant to researchers who are not members of the same specialized sub-field.
Authors are also encouraged to submit papers describing applications. Application papers are expected to provide an indication of the real world relevance of the problem that is solved, including a description of the deployment domain, and some form of evaluation of performance, usability, or comparison to alternative approaches. Experience papers are also welcome but they must clearly state the insight into any aspect of design, implementation or management of self-* systems which is of benefit to practitioners and the SASO community
---------------------
Program Chairs
---------------------
Tom Holvoet
KU Leuven, Belgium
Jeremy Pitt
Imperial College London, England
Ichiro Satoh
National Institute of Informatics, Tokyo, Japan
-------------------------
Spread the Word SASO 2013
-------------------------
Please, announce the SASO 2013 within you research institution by printing the PDF version of the call, which can be found in the link https://www.cs.drexel.edu/saso2013/CFP/SASO_2013_CFP.pdf. You can also forward this email to our colleagues who might be interested in contributing to the conference. Thank you!

sábado, 23 de março de 2013

EMPRESA PÚBLICA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Mais uma empresa governamental, para quê?
Ciência e Tecnologia pressupõem EDUCAÇÃO BÁSICA de QUALIDADE, voltada à Transdisciplinaridade, sem a qual não chegaremos a lugar algum.
Os métodos e metodologias são fundamentais. Muitos deles existem em todo o mundo, inclusive a Transprojetação, da qual sou autora. 
Fico realmente muito triste quando leio essas idéias que muitos pesquisadores já expuseram, mas não possuem voz. 
Por isso, uma outra coisa fundamental, ou um vetor para a sustentabilidade é a HUMILDADE, em reconhecer que as práticas educacionais atuais, sejam elas nos níveis: básico, secundário ou superior estão FALIDAS e APODRECIDAS e com elas QUEM AS SUSTENTAM, professores e pesquisadores da ciência normal, diretores, reitores etc... ATUAIS!!!
Enfim, é apenas mais um desabafo.
Abs.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CiiS 2013 - Congresso Internancional de Inovação e Sustentabilidade - Publicado em Conversa Sustentável


Data limite para envio de resumos de artigos foi prorrogada para 31 de março

Desde o início de fevereiro, quando foi lançado o site do Congresso Internacional de Inovação e Sustentabilidade – CiiS 2013, a Comissão Organizadora recebeu mais de 30 resumos de artigos de vários especialistas pelo Brasil – do Pará ao Rio Grande do Sul – abordando os mais variados temas – desde inovação em RSE e nas relações comunitárias com empresas até novas tecnologias como energia solar e de resíduos e processos educacionais visando a sustentabilidade. No entanto, devido à grande procura e ao potencial deste tema, e inclusive por solicitação de alguns autores, o prazo de envio de resumos foi estendido para o dia 31 de março de 2013 à meia noite.Sendo assim, o novo prazo para envio do artigo completo será dia 10 maio de 2013 à meia noite.As áreas temáticas são: Certificações e Avaliações; Comunicação, Cultura e Sustentabilidade; Construção Sustentável, Cidades Sustentáveis; Consumo Sustentável; Ecopolitica; Educação e Ensino a Distância; Empreendedorismo; Governança Corporativa; Inovações e Tecnologias Sustentáveis; Práticas e Processos Organizacionais; Responsabilidade Social; Saúde e Meio ambiente e Desenvolvimento Urbano.
Em nome da Comissão Organizadora, agradecemos ao todos que se interessaram, foram motivados a enviar artigos e a se inscrever.
Lembre-se que:A nova data limite para envio de resumos é 31 de março de 2013A nova data limite para envio do artigo completo é dia 10 de maio de 2013 Para efetivar o envio será necessário pagar as taxas de inscrição, pois só assim poderemos garantir um bom evento e o crescimento das comunidades virtuais do CiiS e propiciar um bom espaço de debate.Com uma só inscrição você pode enviar mais de um artigo para avaliação com limite de três artigos por autor e co-autor.A taxa do envio de artigos vale como inscrição para o CiiS – não é necessário se inscrever uma vez que o envio e pagamento do envio do artigo for confirmado. Quem efetivar o envio do artigo não só terá seu artigo incluído nos anais, mas terá vaga garantida no evento.Os alunos e docentes da Fatec Tatuapé serão isentos da taxa de inscrição e envio de artigos, resultado da parceria com esta instituição.Mesmo se seu artigo não for escolhido para apresentação no dia do evento e para publicação do livro, ele será incluído nos anais.Se você não enviar o artigo, faça também sua inscrição e siga nossas redes, pois o nosso ideal é colocar você em contato direto com pesquisadores brasileiros e internacionais e empresas que estudam e implementam a sustentabilidade. Sua participação é importantíssima!Quem já se inscreveu ou enviou o artigo pode baixar aqui a imagem temática do CiiS 2013 para colocar no seu blog ou página pessoal do Facebook.As empresas podem também mandar artigos e/ou participar da exposição de case, veja na página 9 do mídia kit.Aguardamos sua contribuição e sua presença no evento!

http://www.ciis.com.br/

domingo, 17 de fevereiro de 2013

CiiS 2013 - 1° Congresso Internacional de Inovação e Sustentabilidade por Conversa Sustentável


Posted: 13 Feb 2013 10:03 AM PST

Inscrições Abertas!
Nos dias 29 e 30 de agosto será realizado em São Paulo o #CiiS2013, que neste ano traz como tema Ciências e Tecnologia como Vetores para a Sustentabilidade. O tema foi escolhido após as reflexões propostas pela Rio + 20, principalmente aos países emergentes, que precisam alinhar o conhecimento tecnológico às práticas econômicas. De acordo com a Professora Vivian Blaso, uma das idealizadoras do evento, “o Brasil tem um papel estratégico no desenvolvimento sustentável por abrigar recursos naturais necessários para a continuidade das atividades de produção e consumo globais. Além disso, o país conta com a iniciativa política e a capacidade de liderar a transformação da economia, e neste sentido o evento também traz como desafio instigar os agentes públicos, a academia e toda a sociedade brasileira na liderança dessas oportunidades econômicas”.
O evento está estruturado em 04 painéis temáticos, seções paralelas para apresentação de artigos científicos em diversas áreas da sustentabilidade, oficinas temáticas, mesa de debates com especialistas e a Rodada de Inovações, na qual as pequenas e médias empresas poderão compartilhar experiências com os participantes do congresso.  
O encontro acontecerá das 8h30 às 18h, na FATEC Tatuapé, que fica na Rua Antônio de Barros, 800 – Tatuapé – São Paulo/SP.
As inscrições podem ser feitas pelo site http://ciis.com.br.
Parceria: Revista Sustentabilidade - http://revistasustentabilidade.com.br
Apoio Institucional: Abraps - Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade - http://www.abraps.org.br
Informações à Imprensa
Conversa Sustentável
11 4108.4064
#CiiS2013 #RSE