Em destaque no segundo dia da décima edição do Congresso Brasileiro de Defesa do Meio Ambiente debates relacionados à saúde e aos impactos decorrentes do descarte inadequado dos resíduos gerados pelas cidades. A falta de saneamento básico, apontado pelo presidente da Cãmara Técnica de Desenvolvimento e Governança Metropolitana da Cidade do Rio de Janeiro, Sérgio Besserman, no dia 26, como um dos maiores gargalos do país, foi colocado em perspectiva nas palestras da parte da manhã, que evidenciaram os perigos relacionados à contaminação do ar e das águas, invisível aos olhos, mas potencialmente perigosa para o homem.
O professor José Luiz Magalhães Rios, coordenador do curso de pós-graduação em Alergia e Imunologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis e médico da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, falou sobre a qualidade do ar das cidades e de sua enorme concentração de dióxido de enxofre, óxidos de azoto, monóxido de carbono, ácido sulfúrico e outros gases e partículas inaláveis que, diariamente, nos expõem a grandes riscos. Em contraponto com a atmosfera externa, Rios falou sobre a atmosfera interna, criada pelo homem nas últimas décadas dentro dos prédios selados de escritórios, hotéis e shoppings. Embora diversos indícios apontem para prejuízos à saúde relacionados a tais construções, as pesquisas são inconclusivas. “Ainda há controvérsias nessa área. Os indicadores estudados precisam ser avaliados e novas pesquisas precisam ser feitas. Infelizmente, é difícil conseguir autorização para isso. As empresas costumam temer que o resultado das pesquisas cause processos trabalhistas”, explica Rios.
Marcia Dezotti, professora do programa de engenharia química da COPPE/UFRJ, fez um alerta ainda mais urgente: desreguladores endócrinos (hormônios), fármacos e poluentes resistentes em baixa concentração na água que bebemos causam doenças como câncer de próstata e mama, além de acelerar a puberdade em crianças e diminuir a produção de esperma nos homens. Essas substâncias naturais ou sintéticas são retiradas em parte no processo de tratamento de água, mas não são plenamente eliminadas e seguem causando danos. “Boa parte dos antibióticos que nós tomamos é eliminado na urina. Após o tratamento da água, parte suficiente do remédio permanece na água para que as bactérias criem resistência a ele”, alerta a professora que defende um tratamento diferenciado para as substâncias mais perigosas. “Os hábitos da sociedade mudaram. Não há como pensar o saneamento como na década de 40. Cabe a nós da academia identificar os problemas e encontrar as soluções para a matriz água”.
Participaram dos debates de quinta-feira, ainda, Virgínia Salerno, diretora de atividades técnicas do Clube de Engenharia e coordenadora do X CBDMA; Ernani de Souza Costa, diretor da ABES-RJ e da Conen; José Henrique Penido, assistente da chefe da Diretoria Técnica e Industrial da COMLURB; o especialista Dan Moche Schneider; e Rodrigo Codevila Palma, coordenador de arquitetura e de projeto para edificações e sistema de teleférico do Complexo do Alemão.
O professor José Luiz Magalhães Rios, coordenador do curso de pós-graduação em Alergia e Imunologia da Faculdade de Medicina de Petrópolis e médico da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, falou sobre a qualidade do ar das cidades e de sua enorme concentração de dióxido de enxofre, óxidos de azoto, monóxido de carbono, ácido sulfúrico e outros gases e partículas inaláveis que, diariamente, nos expõem a grandes riscos. Em contraponto com a atmosfera externa, Rios falou sobre a atmosfera interna, criada pelo homem nas últimas décadas dentro dos prédios selados de escritórios, hotéis e shoppings. Embora diversos indícios apontem para prejuízos à saúde relacionados a tais construções, as pesquisas são inconclusivas. “Ainda há controvérsias nessa área. Os indicadores estudados precisam ser avaliados e novas pesquisas precisam ser feitas. Infelizmente, é difícil conseguir autorização para isso. As empresas costumam temer que o resultado das pesquisas cause processos trabalhistas”, explica Rios.
Marcia Dezotti, professora do programa de engenharia química da COPPE/UFRJ, fez um alerta ainda mais urgente: desreguladores endócrinos (hormônios), fármacos e poluentes resistentes em baixa concentração na água que bebemos causam doenças como câncer de próstata e mama, além de acelerar a puberdade em crianças e diminuir a produção de esperma nos homens. Essas substâncias naturais ou sintéticas são retiradas em parte no processo de tratamento de água, mas não são plenamente eliminadas e seguem causando danos. “Boa parte dos antibióticos que nós tomamos é eliminado na urina. Após o tratamento da água, parte suficiente do remédio permanece na água para que as bactérias criem resistência a ele”, alerta a professora que defende um tratamento diferenciado para as substâncias mais perigosas. “Os hábitos da sociedade mudaram. Não há como pensar o saneamento como na década de 40. Cabe a nós da academia identificar os problemas e encontrar as soluções para a matriz água”.
Participaram dos debates de quinta-feira, ainda, Virgínia Salerno, diretora de atividades técnicas do Clube de Engenharia e coordenadora do X CBDMA; Ernani de Souza Costa, diretor da ABES-RJ e da Conen; José Henrique Penido, assistente da chefe da Diretoria Técnica e Industrial da COMLURB; o especialista Dan Moche Schneider; e Rodrigo Codevila Palma, coordenador de arquitetura e de projeto para edificações e sistema de teleférico do Complexo do Alemão.

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