| Movimento Anticorrupção pretende mapear práticas de conluio |
Brasília, 05 de julho de 2010.
Em reunião ocorrida dia 1º de julho, na sede do Instituto Ethos, em São Paulo, as entidades que compõem o Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia acertaram um agenda de atividades que inclui a formação de um Grupo de Trabalho (GT) para realizar um levantamento sobre os principais mecanismos utilizados nas práticas de corrupção. A relação público/privada, mesmo dentro da legalidade, pode esconder práticas de conluio, tanto pelo lado das empresas quanto do governo, muito danosas ao interesse público, considerou o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, que encabeça o Movimento.
O vice-presidente do Instituto Ethos, engenheiro Paulo Itacarambi, propõe às entidades a adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção (htpp://www.empresalimpa.org.br/projeto.aspx) e também participação na Conferência latino-americana sobre Responsabilidade Corporativa na Promoção de Integridade e no Combate à Corrupção, que acontecerá em São Paulo, de 21 a 23 de julho. O evento é uma realização da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com o apoio, no Brasil, da Controladoria Geral da União - CGU.
O mapeamento da corrupção, no entendimento dos participantes do Movimento, servirá de subsídio para futura promoção de pactos setoriais de integridade e combate à corrupção. Exemplos internacionais, como o da Colômbia, serão analisados pelo GT.
O mapeamento da corrupção, no entendimento dos participantes do Movimento, servirá de subsídio para futura promoção de pactos setoriais de integridade e combate à corrupção. Exemplos internacionais, como o da Colômbia, serão analisados pelo GT.
Criado há 18 anos, o Instituto Ethos trabalhou seus primeiros anos com adesão voluntária das empresas, mas passou agora a atuar também na proposição de regulamentação. Uma dessas proposições é o chamado cadastro positivo, cuja consulta pública foi encerrada no dia 1° de julho. Com ele pretende-se instituir um cadastro da empresas que adotam posturas éticas em suas relações com o poder público e com a sociedade.
O presidente do Confea também propôs um trabalho conjunto na mobilização para o controle social de obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, bem como na discussão sobre a revisão da Lei de Licitações (8.666/93), na qual o Movimento propõe a exigência de projeto completo, com orçamento detalhado e responsabilidade técnica definida, como forma de reduzir os riscos de corrupção.
O Movimento Anticorrupção, além de propor o aperfeiçoamento de processos de contratação e execução de obras e serviços nas áreas da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia também defende o financiamento público de campanhas eleitorais, como forma de dar transparência aos processos de decisão política.
A realização de pregão para obras de engenharia também foi muito criticada por membros do Movimento. Antônio Rolim, assessor do Sinaenco, citou o exemplo da construção de dois túneis para o metrô de São Paulo, na qual a empresa vencedora venceu com desconto de 46% sobre o preço original. Segundo ele, a priorização do preço, em detrimento da técnica, compromete a qualidade e segurança dos empreendimentos.
Participaram da reunião Marcos Túlio de Melo (Confea), Paulo Itacarambi (Ethos), José Tadeu (Crea-SP e Febrae), Fernando Branquinho (AEABB), Luiz Zigmantas (Aneac), Jorge Guaracy (ANT), José Paulo Garcia (Sindicato Tecnólogos SP), Vicente Trindade (Fisenge), Antonio Othon Rolim (Sinaenco) e Fausto de Medeiros Filho (ABER).
Aloisio Lopes
Assessoria de Comunicação do Confea
A realização de pregão para obras de engenharia também foi muito criticada por membros do Movimento. Antônio Rolim, assessor do Sinaenco, citou o exemplo da construção de dois túneis para o metrô de São Paulo, na qual a empresa vencedora venceu com desconto de 46% sobre o preço original. Segundo ele, a priorização do preço, em detrimento da técnica, compromete a qualidade e segurança dos empreendimentos.
Participaram da reunião Marcos Túlio de Melo (Confea), Paulo Itacarambi (Ethos), José Tadeu (Crea-SP e Febrae), Fernando Branquinho (AEABB), Luiz Zigmantas (Aneac), Jorge Guaracy (ANT), José Paulo Garcia (Sindicato Tecnólogos SP), Vicente Trindade (Fisenge), Antonio Othon Rolim (Sinaenco) e Fausto de Medeiros Filho (ABER).
Aloisio Lopes
Assessoria de Comunicação do Confea
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