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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Centro UNESCO em debate no Ciência 2010


Centro UNESCO em debate no Ciência 2010
09-07-2010 19:12
 


Com início previsto para 2011, o Centro UNESCO para a formação de jovens cientistas lusófonos foi debatido durante o Encontro com a Ciência e Tecnologia 2010. O Centro pretende contrariar a “fuga de cérebros”.
Não há cientistas sem estruturas de formação de alto nível. E ciência ou comunidades científicas isoladas. Hoje, mais que nunca a ciência é global e cada vez mais desempenha um papel chave na cooperação entre países.

No âmbito do Encontro com a Ciência e a Tecnologia 2010, Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maciej Nalecz, Alto Representante da UNESCO, Embaixadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e responsáveis por Instituições Portuguesas no domínio da Ciência e do Ensino Superior, trabalharam em conjunto, para dar mais um passo na construção do Centro UNESCO para a formação avançada de jovens cientistas da CPLP.

O Centro é uma iniciativa do Governo português, que a UNESCO avalia positivamente.

Maciej Nalecz, Director da UNESCO, em declarações à TV Ciência, afirma: «é de certa forma um contributo a muitas iniciativas que existem na comunidade científica, que obviamente é baseada na colaboração internacional Sul-Sul, Norte-Sul, etc., mas o conceito de existir um programa intergovernamental no qual países de África, juntamente com Brasil e Portugal, assim como Timor na Ásia participam em conjunto na criação de um Centro que vai formar uma nova geração de cientistas de topo e ao mesmo tempo assegurar que esta formação não vai levar a “fuga de cérebros”, mas que na verdade vai beneficiar os países de origem. E é por isso que pensamos que é uma excelente ideia que queremos trabalhar com o Governo de Portugal».

A UNESCO vê nesta iniciativa diversas vantagens, mas destaca sobretudo a fixação de cientistas nos países de origem e Maciej Nalecz afirma: «é uma perda para um país de origem se um estudante formado não voltar para o seu país».

E parece haver motivos para que o modelo adoptado possa ser seguido por outros países, dado que «ao envolver os Governos directamente e ao criar o plano de esforço colaborativo para construir também infra-estruturas no Sul que permitam aos jovens formados regressar ao pais, esperamos que o Governo português esteja a mostrar a muito outros países o que pode ser feito».

«Queremos ajudar este programa naquilo que podermos e esperamos que o Governo português seja bem sucedido porque também será o nosso próprio sucesso», afirma Maciej Nalecz.

As estruturas de funcionamento do Centro estão ainda por definir. «É muito cedo para dizer, por exemplo, quais serão exactamente as estruturas que precisamos de definir para este centro ficar funcional», lembra o responsável da UNESCO.

Agora cabe à Unesco aprovar o centro, o que deve acontecer na próxima Conferência Geral, no próximo Inverno.

Para Braga de Macedo, Presidente do Instituto de Investigação Científica Tropical, o sucesso do Centro UNESCO vai depender da intervenção dos participantes, ou seja, «vai depender muito realmente da força das candidaturas, da comunicação dessas candidaturas, a capacidade de as comunicar à sociedade civil nacional e internacional e também dos padrões, eu diria éticos, porque a ciência neste momento está a ser um pouco assaltada por tentações de comercialização demasiadamente rápida e pelo contrário também outro perigo é pensar que se faz ciência e alguém a tem que pagar e não nos importamos quem vai ser».

Mas o Centro apresenta logo à partida uma grande característica, a internacionalização.

«O que é importante neste programa é ele ser feito já com uma óptica internacional lusófona dos PALOP e Timor-leste e eu acrescento como se trata de investigação para o desenvolvimento também deve ser interdisciplinar», lembra Braga de Macedo.

O Instituto de Investigação Científica Tropical está já preparado para colaborar na formação de jovens cientistas em duas grandes áreas: «quer em ciências sociais quer em ciências naturais estamos disponíveis».

Portugal vai garantir a instalação e o funcionamento do Centro UNESCO na primeira fase de funcionamento.

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