O que significa Transprojetação?

A Transprojetação é uma metodologia fundamentada nas obras de Edgar Morin e Michel Thiollent.
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E GESTÃO PARA A SUSTENTABILIDADE com a Soft Systems Methodology e a Pesquisa-ação.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

OS GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS POR SATURNINO BRAGA

UMA IMPORTANTE CAUSA PROJETO MORAR CARIOCA

Instituto de Arquitetos do Brasil
Departamento do Rio de Janeiro
Informativo especial sobre o Plano Morar Carioca.

Prezados colegas arquitetos,

Hoje temos mais uma boa notícia.
O IAB-RJ e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Habitação assinaram, nesta manhã, convênio para apoio ao Plano Municipal de Integração dos Assentamentos Informais Precários – Morar Carioca.
O programa pretende urbanizar todas as favelas cariocas consolidadas, até março de 2020. Constitui-se como o principal legado social da Olimpíada de 2016.
O objetivo central do convênio é a promoção de concurso público para a seleção das equipes interessadas e capacitadas à elaboração dos projetos urbanísticos e arquitetônicos necessários ao Morar Carioca. Estima-se em aproximadamente 260 projetos de urbanização para alcançar os 571 assentamentos ainda não atendidos pela urbanização.
O IAB-RJ também apoiará a SMH na execução de ações de capacitação, promoção e publicação de estudos técnicos visando garantir a qualidade dos produtos, para o que pretendemos contar também com a colaboração e participação de instituições acadêmicas e profissionais dedicadas à pesquisa.
O prazo do convênio é de 2 anos e os primeiros editais serão divulgados nas próximas semanas. O Conselho Administrativo do IAB-RJ designou os colegas Luiz Fernando Janot e João Pedro Backheuser como coordenadores.
É desnecessário destacar o significado desse compromisso assumido hoje pela cidade. Urbanizar todas as suas favelas e dotá-las plenamente de todos os serviços públicos necessários à vida urbana contemporânea, representa uma vitória política importante da cidadania. É, também, fruto de uma longa luta a que se dedicou o nosso Instituto por décadas. Assim, recebemos também como uma homenagem ao IAB, prestada pelo Prefeito Eduardo Paes em nome da Cidade do Rio de Janeiro, fazer coincidir o lançamento do Morar Carioca com a assinatura do convênio com o IAB-RJ.
Lembramos o esforço de gerações de arquitetos que nos antecederam na direção de nosso Instituto, a determinação dos arquitetos brasileiros em defesa de política habitacional de inclusão social, contra a discriminação e o preconceito, e, temos certeza que é com humildade e reconhecimento que os arquitetos de hoje recebem este encargo, prontos a atender ao desafio que nos é proposto.

Cordialmente,
Conselho Administrativo do IAB-RJ,
Sérgio Magalhães, presidente, Ricardo Villar, Ceça Guimaraens, Pedro da Luz, Carlos Feferman, vice-presidentes.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Melhorar educação básica no Brasil é vital para mão de obra - O Globo

Melhorar educação básica no Brasil é vital para mão de obra - O Globo

Cai em 18% o número de jovens eleitores no Brasil

PORTAL 24 HORAS NEWS
20/07/2010 - 20h25
Congresso em Foco
O número de jovens eleitores - entre 16 e 17 anos e que não são obrigados a votar - caiu 18% de 2008 e 2010. Segundo balanço do eleitorado apresentado nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eles representam 1,761% do total de eleitores habilitados a escolher candidatos nas eleições de outubro. Este é o menor percentual da jovens inscritos nas últimas três eleições. "Não há como determinar o que levou à queda. Isso demandaria um estudo. Mas há uma tendência das campanhas de esclarecimento de haver números maiores na faixa jovem", disse o assessor chefe da Corregedoria Eleitoral, Sérgio Cardoso.

Ao comparar os dados de 2006 e 2010, a queda foi menor, de 6,8%. Na última eleição presidencial, apresentaram-se para votar 2.566.391 jovens entre 16 e 17 anos. No ano seguinte, o número cresceu, passando para 2.923.591. Já neste ano, os inscritos chegaram a 2.391.352. No Brasil, o voto nesta faixa etária é opcional, tornando-se obrigatório somente a partir dos 18 anos.

Porém, os números apontam que o eleitorado brasileiro cresceu 8,5% entre a última eleição presidencial, há quatro anos, e 2010. Segundo o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, 135.804.433 pessoas estão habilitadas a exercer o direito do voto em outubro. "O eleitor se concentra na faixa de 25 a 34 anos e é do sexo feminino", afirmou o secretário de Tecnologia do TSE, Giuseppe Dutra Janino, ao dar uma noção do perfil do eleitorado do país. Segundo a corte eleitoral, não é possível dar mais detalhes, já que dados como escolaridade não são confiáveis. "Não existe a obrigação do eleitor em apresentar nível de escolaridade quando faz o primeiro título e nem de atualizá-lo", disse Cardoso.

Os números iniciais foram apresentados por Lewandowski. Segundo o ministro, o crescimento do eleitorado se mantém na faixa dos 4% nas últimas eleições. Em 2005, eram aproximadamente 125 milhões de pessoas, enquanto há dois anos chegou a 130 milhões. Como nos pleitos recentes, a maior parte dos eleitores são mulheres, que representam 51,8%. Os 48,2% são de homens. São Paulo continua como o maior colégio eleitoral do país, concentrando 23,3% do total. O estado é seguido por Minas Gerais (10,6%), Rio de Janeiro (8,5%) e Bahia (7%).
RJ 8,5%, BA 7%.

Argumentando ter outros compromissos, o presidente do TSE saiu da coletiva e deixou dois secretários para divulgar o restante dos dados e responder eventuais perguntas. De acordo com o secretário de Tecnologia, das 27 unidades da federação, somente Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima possuem percentual maior de homens votando. Proporcionalmente, o Distrito Federal tem o maior número de mulheres. Elas respondem por 53,625%% dos eleitores brasilienses. O valor absoluto pertence a São Paulo, com 15,7 milhões de eleitoras.

I Encontro de Engenharia, tecnologia e sociedade - 13 e 14 de julho de 2010

I Encontro de Engenharia, tecnologia e sociedade - 13 e 14 de julho de 2010

O I Encontro de Engenharia, tecnologia e sociedade é uma realização da Faculdade de Tecnologia (FT), Faculdade UnB Gama, Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS), da Universidade de Brasília, com o apoio da UnBTV, do Núcleo de Multimídia e Internet (NMI), do Programa Quartas Sustentáveis, do Instituto de Ciências Sociais (ICS).

"O I Encontro de Engenharia, tecnologia e sociedade tem por objetivo a apresentação de visões de diversos especialistas de destaque nacional sobre assuntos que versam sobre o impacto das tecnologias de engenharia na socidade brasileira, visando a identificação de potenciais questões que precisam ser tratadas na Universidade de Brasília por meio de suas linhas de pesquisa, ensino e extensão. É um evento aberto a toda a comunidade universitária e aos brasilienses interessados no assunto." [folder de divulgação do evento]

Os objetivos do evento são:

1. Apresentar a visão de especialistas e estudiosos no assunto engenharia, tecnologia e sociedade, e suas vertentes, para a comunidade universitária e comunitária.

2. Criar um espaço para a discussão dos temas e respectivo papel da universidade na abordagem do problema e suas soluções.

3. Permitir contato entre os pesquisadores da área, gestores de educação, governo e estudantes.

4. Contribuir para o desenho de uma agenda preliminar de ações educativas para desenvolvimento do tema em nível de graduação e pós- graduação na UnB.

--Inscrições: 13/ julho, das 17 às 18h - Para se inscrever, basta preencher o formulário de inscrição, assinar e levar pessoalmente ao local do evento. Link para o formulário de inscrição: http://www.unbcds.pro.br/IEETS/IEETS-Inscricao.doc

--Programa do evento: http://www.unbcds.pro.br/IEETS/IEETS-Programa.pdf

Informações: www.unbcds.pro.br/IEETS/
Prof. Edgard Costa Oliveira: ecosta@unb.br
Secretaria da FT - Valdelice: ftd@unb.br
Telefone (61) 3107 5656 (61) 3107 5656

Sobre a educação, a tecnologia e a democracia

EM JORNAL DA CIDADE - BAURÚ -OPINIÃO
21/07/2010.
Dentro de um sistema incapaz de impulsionar de modo significativo a educação, parece pouco provável que consigamos formas mais inteligentes de governo. A despeito dos modelos político-sociais contemporâneos que levam em conta um contingente de excluídos, talvez também não estejamos preparados para galgar evoluções na democracia, visto que essas ações ‘sociais’ não abarcam modelos efetivamente educacionais. Nem mesmo as novas tecnologias colocadas em situações protagonistas conseguirão tal posição. É uma visão restrita a ação de esperar que os mecanismos para solucionar as brechas digitais, por exemplo, possam resolver as brechas educacionais. Mesmo que as estatísticas apontem o alto índice brasileiro de permanência na internet, esses resultados possibilitam, em maior intensidade, os avanços em inúmeras atividades econômicas, mas estão distantes de indicarem uma evolução na crítica e no pensamento humano. O dado mais pontual que se verifica em relação às mídias digitais – na amplitude do termo - é a migração da vida para web: sejam os jornais, os relacionamentos, os negócios, os terrorismos, as propagandas políticas dos grupos de direita, de esquerda ou sem direção definida, o bullying, as artes (...). Enfim, toda a manifestação humana que migra para a rede, seja ela ética ou antiética, moral, imoral ou amoral passa a agregar o prefixo cyber. O acesso às mídias digitais pode estar “ao lado” para milhões, e gradativamente ‘socializada’ para outros milhões, entretanto, apenas o desenvolvimento cognitivo - proporcionado por poucas instituições de ensino possibilita transformar a informação em conhecimento.

A tarefa de anular as brechas educacionais é uma competência das políticas públicas de democracias evoluídas. Sem esse pré-requisito, as brechas se expandem e, por sua vez, estimulam a dependência de padrões políticos manipulatórios e persuasivos, são típicos de democracias que vislumbram mais o discurso do que a prática e que são favorecidas por uma educação superficial que ‘acata’ o controle e os favores financeiros.

Os discursos políticos apregoados não conseguirão - mesmo os mais honestos - se desprender da pieguice enquanto a sociedade manter um sistema educacional frágil, de pouco estímulo cognitivo, que enfraquece o espírito crítico da maior parte da população e que sustenta uma democracia parcial.


O autor, Renato Dias Baptista, é doutor em Comunicação pela PUC/SP, especialista em Gestão Pública (Unesp), docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Paulista - Unip

A MAIORIA DOS ELEITORES BRASILEIROS POSSUEM ATÉ O 1o. GRAU

QUE PAÍS É ESTE?
ONDE QUEREMOS CHEGAR?
ONDE ENCONTRA-SE A SOBERANIA DESTE PAÍS!!!
INFELIZ, POVO INFELIZ!!! QUE PENA!!!

domingo, 18 de julho de 2010

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE (CTS) UMA LINHA DE PESQUISA

Ciência, Tecnologia e Sociedade
Por Rodrigo Fonseca*

15/07/2010 - A sociedade constrói a ciência e a tecnologia, ao mesmo tempo, a ciência e a tecnologia constroem a sociedade. Sem determinismos de parte a parte. Esta é, em geral, a lição mais difícil de compreender quando começamos a estudar as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). No entanto, é também a lição mais importante porque nos abre duas portas: uma para o entendimento dessas relações e outra para a ação.
Partindo da ideia de que não há neutralidade da ciência nem determinismo tecnológico ou social nas relações CTS, abre-se a primeira porta. E esta é a que explica a construção da tecnologia segundo o jogo social no qual estão presentes atores com seus interesses, valores, com diferenças de poder, de saberes e de capacidades. Isto equivale a dizer que a tecnologia não segue um caminho predeterminado ou é sempre a “melhor” tecnologia ou a de “ponta”. O sentido do desenvolvimento da tecnologia vai se dar de acordo com o complexo jogo de relações que se estabelecem em qualquer sistema social.
No jogo de relações da nossa sociedade, a tecnologia produzida tem participado da construção de uma sociedade socialmente desigual e ambientalmente insustentável. David Noble usa a expressão “Fetiche Cultural da Tecnologia” para nomear a dominação que continua a moldar a sociedade e a tecnologia de acordo com a “compulsão irracional da ideologia do progresso” que determina o uso e desenho ex ante da tecnologia.
A tecnologia predominante no mundo hoje é a que inclui no seu desenvolvimento os valores e os interesses que predominam no jogo social e que servem para construção desse tipo de sociedade. Se pensarmos em outro tipo de sociedade, temos de pensar em construir outro tipo de tecnologia. Esta constatação nos abre a segunda porta, a da ação.

Diferentes pessoas em diferentes lugares do mundo chegaram a esta compreensão por caminhos diversos. Alguns compreenderam essa questão teoricamente e procuraram realizar pesquisas para demonstrá-la.
Podemos citar os clássicos estudos sobre a trajetória tecnológica da bicicleta e da geladeira de Pinch e Bjiker e estudos de outros autores como Winner, Latour e Callon – ligados à corrente construtivista dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia. Outros entenderam essa ideia na prática e passaram a fazer tecnologia introduzindo, de forma consciente e intencional, interesses e valores de grupos sociais menos privilegiados e/ou critérios em geral negligenciados, como os de sustentabilidade ambiental.
O entendimento de que o problema da exclusão social e a ciência e tecnologia estão relacionados e que essas podem desempenhar papel importante na redução das desigualdades sociais é um forte orientador para a intervenção no meio social. O enfoque tecnológico para inclusão social tem um sentido transformador, buscando gerar uma tecnologia desenvolvida com os atores sociais interessados e segundo valores e interesses alternativos e, por isso, capaz de promover a inclusão social.
O enfoque tecnológico para o tema da exclusão/inclusão indica a formulação de um modelo de desenvolvimento alternativo, econômico, ambiental e socialmente sustentável. Aí está a porta da ação. Tecnologia não é apenas o artefato, mas também o sistema de conhecimentos e a organização necessária para produzi-la e operá-la.
Langdon Winner afirma que as máquinas, as estruturas e os sistemas devem ser julgados não apenas por suas contribuições à eficiência, à produtividade e por seus efeitos ambientalmente positivos ou negativos, mas também pela forma que podem incorporar formas específicas de poder e autoridade. Segundo o autor, a tecnologia possui intrinsecamente algum conteúdo político. A história da arquitetura, planejamento urbano e obras públicas, segundo ele, forneceriam bons exemplos de arranjos físicos ou técnicos que permitem observar conteúdo implícita ou explicitamente políticos.

Exemplos do passado mostraram como tentativas de desenvolvimento e difusão de tecnologias alternativas podem falhar em seus objetivos de transformação social. Nos anos 1970, houve uma proliferação de defensores de tecnologias diferentes das convencionais, que integraram o movimento da chamada Tecnologia Apropriada (TA). Essas tecnologias tentavam se diferenciar daquelas consideradas de uso intensivo de capital e insumos sintéticos e poupadoras de mão-de-obra, produzidas nos países desenvolvidos.
As TAs, no entanto, foram desenvolvidas sem uma base crítica sobre a visão neutra, determinista e instrumental da tecnologia. A visão corrente nesse período estava fundamentada no Modelo Ofertista Linear, que supunha que o conhecimento pudesse ser “ofertado” por uns e “demandado” por outros, sem o envolvimento dos atores sociais interessados na concepção da tecnologia. Nesse modelo, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação eram vistos como fases de um processo que guardavam entre si uma relação de causalidade sequencial-linear. Segundo ele, o desenvolvimento social seria obtido a partir da pesquisa científica, e o meio acadêmico seria o lócus ideal para o início daquele processo virtuoso. Em seguida, viria o desenvolvimento tecnológico, que levaria à inovação, que traria por consequência o desenvolvimento econômico e, como decorrência “natural”, o desenvolvimento social.
Esse modelo linear para o surgimento de novas tecnologias ou inovações foi fortemente criticada a partir da década de 1980 pela corrente da Teoria da Inovação. Durante a mesma década, na qual floresciam os princípios da Teoria da Inovação, o movimento da TA perdeu força diluído na expansão do pensamento neoliberal. Na égide neoliberal que se segue aos anos 1980, a redução das conquistas sociais é realizada sob a justificativa de que tais conquistas representam um custo intransponível para o desenvolvimento econômico no longo prazo. Direitos e cidadania passam a ser tratados como uma abstração, mas os interesses empresariais como elemento concreto. As novas bases de acumulação permitem que apenas uns poucos se beneficiem do aumento da riqueza mercantil e financeira.
A construção de uma Política de Ciência e Tecnologia que tenha resultados de inclusão social e promova um modelo de desenvolvimento realmente sustentável passa necessariamente pelas duas portas que mencionadas anteriormente. Aqui se insere o movimento em torno do conceito e das práticas de Tecnologia Social (TS).
O movimento de TS parte dessa reflexão para desenvolver tecnologias que incorporem, da concepção à aplicação, uma intencionalidade de inclusão social e desenvolvimento econômico-social e ambientalmente sustentável. Para tanto, cada TS deve ser definida de acordo com o contexto, pela relação particular da tecnologia com a sociedade e envolvimento dos atores interessados.
Um dos principais objetivos da TS é dotar um dado espaço socioeconômico de aparatos tecnológicos (produtos, equipamentos, etc.) ou organizacionais (processos, mecanismos de gestão, relações, valores) que permitam interferir positivamente na produção de bens e serviços e, assim, na qualidade de vida de seus membros, gerando resultados sustentáveis no tempo e reprodutíveis em configurações semelhantes.
No entanto, o fato de que a condição periférica brasileira tender a gerar efeitos distintos – ou até contraditórios – daqueles obtidos nos países centrais por uma dada medida de política pública, embora a muito conhecido, não tem sido levado em conta. No campo da Política de Ciência e Tecnologia (PCT), a adoção da literatura importada como “manual universal de como elaborar políticas que estimulem a inovação” para promover a competitividade e o desenvolvimento social, gera um ambiente pouco propício para a concepção de marcos analítico-conceituais originais que contribuam para a elaboração da PCT.
Nesse contexto, a proposta da TS significa, em lugar da busca de um resultado estritamente econômico do processo de produção do conhecimento, um deslocamento do vetor de orientação diretamente para o resultado social, percebido como melhoria no plano coletivo (qualidade de vida, em seus diversos aspectos) ou em uma maior eficiência na gestão pública com finalidades sociais.
Em lugar da apropriação privada do resultado, com ganhos privados, a TS preconiza a apropriação coletiva dos resultados, propiciando um modo radicalmente distinto de conformação do espaço socioeconômico. Não se trata, pois, de agir apenas no espaço social, entendido como de natureza posterior ao espaço econômico a ser satisfeito com precedência, como antagônico e excludente em relação àquele. Trata-se de agir no espaço socioeconômico de uma forma que privilegie os resultados que podem ser apropriados coletivamente, seja em termos econômicos e tangíveis, seja em termos sociais e intangíveis.
O efeito inovador da TS não reside necessariamente no ineditismo. Ele está associado às condições locais de seu desenvolvimento e aplicação (binômio indissociável denominado pela Economia da Tecnologia de Inovação). É por isso provável, e desejável, que uma determinada TS, que já foi aplicada em determinado contexto ou espaço suscite soluções e processos de reinvenção e inovação distintos dos convencionais.

Assim, repetir experiências exitosas tenderá a ser um processo profundamente inovador com resultados também inovadores.
Enquanto no espaço econômico tradicional a inovação (cujo resultado tem sua apropriação privada garantida pelo Estado através da “propriedade intelectual”) cria riqueza para poucos, no espaço da TS o resultado positivo da inovação é coletivo. Isso porque ele decorre, precisamente, da capacidade do empreendimento de natureza social conter, como elemento constitutivo, a capacidade de reproduzir-se e difundir-se coletivamente. Uma TS não gera mais riqueza por ser inédita e restringir a abrangência de seu uso a poucos. Ao contrário, ela cumpre seu objetivo se consegue, a partir dos seus elementos constitutivos, reproduzir-se e difundir-se. Esta pode ser uma referência importante para a construção de uma Política de Ciência e Tecnologia realmente promotora de desenvolvimento sustentável e equitativo.

*Rodrigo Fonseca é sociólogo, doutor em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp e analista da Finep/MCT.

Fuente: www.rts.org.br
Publicado por Sebastian

Filósofo pede humildade e ética no uso educacional da tecnologia

Filósofo pede humildade e ética no uso educacional da tecnologia

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PUBLICIDADE E POLÍTICA

(Editorial - Folha de SP, 13) Gasto mensal dos governos com propaganda mais que dobra em 2010; dispêndio deveria ser limitado, por lei, a parcela do orçamento. Em anos eleitorais, o já abusivo bombardeio publicitário promovido por governos ganha contornos insuportáveis. Premidos pela lei a não ultrapassar o gasto médio com propaganda do triênio anterior e, ao mesmo tempo, a não veicular anúncios nos três meses que antecedem o pleito, os governos federal e dos Estados concentram seu arsenal autocongratulatório no primeiro semestre do ano.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Aproximar ciência e sociedade

Aproximar ciência e sociedade

Centro UNESCO em debate no Ciência 2010


Centro UNESCO em debate no Ciência 2010
09-07-2010 19:12
 


Com início previsto para 2011, o Centro UNESCO para a formação de jovens cientistas lusófonos foi debatido durante o Encontro com a Ciência e Tecnologia 2010. O Centro pretende contrariar a “fuga de cérebros”.
Não há cientistas sem estruturas de formação de alto nível. E ciência ou comunidades científicas isoladas. Hoje, mais que nunca a ciência é global e cada vez mais desempenha um papel chave na cooperação entre países.

No âmbito do Encontro com a Ciência e a Tecnologia 2010, Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maciej Nalecz, Alto Representante da UNESCO, Embaixadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e responsáveis por Instituições Portuguesas no domínio da Ciência e do Ensino Superior, trabalharam em conjunto, para dar mais um passo na construção do Centro UNESCO para a formação avançada de jovens cientistas da CPLP.

O Centro é uma iniciativa do Governo português, que a UNESCO avalia positivamente.

Maciej Nalecz, Director da UNESCO, em declarações à TV Ciência, afirma: «é de certa forma um contributo a muitas iniciativas que existem na comunidade científica, que obviamente é baseada na colaboração internacional Sul-Sul, Norte-Sul, etc., mas o conceito de existir um programa intergovernamental no qual países de África, juntamente com Brasil e Portugal, assim como Timor na Ásia participam em conjunto na criação de um Centro que vai formar uma nova geração de cientistas de topo e ao mesmo tempo assegurar que esta formação não vai levar a “fuga de cérebros”, mas que na verdade vai beneficiar os países de origem. E é por isso que pensamos que é uma excelente ideia que queremos trabalhar com o Governo de Portugal».

A UNESCO vê nesta iniciativa diversas vantagens, mas destaca sobretudo a fixação de cientistas nos países de origem e Maciej Nalecz afirma: «é uma perda para um país de origem se um estudante formado não voltar para o seu país».

E parece haver motivos para que o modelo adoptado possa ser seguido por outros países, dado que «ao envolver os Governos directamente e ao criar o plano de esforço colaborativo para construir também infra-estruturas no Sul que permitam aos jovens formados regressar ao pais, esperamos que o Governo português esteja a mostrar a muito outros países o que pode ser feito».

«Queremos ajudar este programa naquilo que podermos e esperamos que o Governo português seja bem sucedido porque também será o nosso próprio sucesso», afirma Maciej Nalecz.

As estruturas de funcionamento do Centro estão ainda por definir. «É muito cedo para dizer, por exemplo, quais serão exactamente as estruturas que precisamos de definir para este centro ficar funcional», lembra o responsável da UNESCO.

Agora cabe à Unesco aprovar o centro, o que deve acontecer na próxima Conferência Geral, no próximo Inverno.

Para Braga de Macedo, Presidente do Instituto de Investigação Científica Tropical, o sucesso do Centro UNESCO vai depender da intervenção dos participantes, ou seja, «vai depender muito realmente da força das candidaturas, da comunicação dessas candidaturas, a capacidade de as comunicar à sociedade civil nacional e internacional e também dos padrões, eu diria éticos, porque a ciência neste momento está a ser um pouco assaltada por tentações de comercialização demasiadamente rápida e pelo contrário também outro perigo é pensar que se faz ciência e alguém a tem que pagar e não nos importamos quem vai ser».

Mas o Centro apresenta logo à partida uma grande característica, a internacionalização.

«O que é importante neste programa é ele ser feito já com uma óptica internacional lusófona dos PALOP e Timor-leste e eu acrescento como se trata de investigação para o desenvolvimento também deve ser interdisciplinar», lembra Braga de Macedo.

O Instituto de Investigação Científica Tropical está já preparado para colaborar na formação de jovens cientistas em duas grandes áreas: «quer em ciências sociais quer em ciências naturais estamos disponíveis».

Portugal vai garantir a instalação e o funcionamento do Centro UNESCO na primeira fase de funcionamento.

sábado, 10 de julho de 2010

A relação íntima entre física, cultura e estilo de vida. Por Roberto Belisário

Artigo
A relação íntima entre física, cultura e estilo de vida
Por Roberto Belisário

A mecânica quântica, aparentemente assunto hermético para a maior parte das pessoas, teve consequências dramáticas no seu modo de vida. Dela saíram os transístores e os circuitos integrados, base dos computadores atuais e de inúmeros aparelhos eletrônicos, de celulares a TVs. A teoria quântica fornece os instrumentos teóricos necessários para projetar lasers, sem os quais seria impossível a comunicação pela internet (devido ao enorme fluxo de informações) e que são a base dos CDs, DVDs e blu-rays. Mesmo antes da popularização da internet, em 1993, o físico Leo Lederman avaliava, no seu livro The god particle, que cerca de 25% do produto interno bruto dos Estados Unidos estava ligado a tecnologias que dependiam diretamente de fenômenos descritos por essa teoria.


Circuito integrado. Imagem: Wikipedia.

Esse “reinado” não é um privilégio quântico. Cada vez mais, grande quantidade de aspectos cotidianos da vida moderna está “embebida” de referências às mais diversas áreas do conhecimento científico. Assuntos como a importância ou não das usinas nucleares, os problemas ecológicos, os alimentos transgênicos e a engenharia genética exigem que as pessoas tenham cada vez mais conhecimento de causa sobre conceitos da ciência para garantir que as legislações revertam em benefício da sociedade como um todo e não de pequenos grupos de uns poucos.

Essas são as partes mais visíveis. Há outras influências mais sutis das ciências naturais (química, física, biologia) sobre a sociedade, que se imiscuem pela cultura em geral adentro. Comerciais de TV apelam frequentemente a termos científicos para fazer seus produtos parecerem mais confiáveis; diretores e produtores de filmes, especialmente os de ficção científica, preocupam-se em dar alguma verossimilhança para as aventuras com base na ciência; os currículos das escolas dão hoje muito mais ênfase em disciplinas voltadas a ciência e tecnologia do que há poucas décadas.

Os tentáculos do impacto das teorias das ciências naturais no perfil do ser humano moderno alcançam até mesmo elementos culturais talvez tão antigos quanto a própria cultura, como a cosmogonia – o pensamento sobre a origem do mundo. De fato, a teoria do Big Bang veio interferir fortemente na concepção popular sobre a gênese do Universo. Simetricamente, a própria angústia sobre o fim do mundo deslocou-se, no Ocidente cristão, do castigo divino ou do Juízo Final para catástrofes provocadas pela tecnologia do próprio ser humano – até há bem pouco tempo, o holocausto nuclear; agora, os desastres ambientais.

As relações são bilaterais e são também culturais

Vamos aqui nos ater às teorias da física. Para tratar da sua influência sobre o modo de vida moderno, é necessário primeiro desfazer alguns estereótipos. Primeiro: normalmente, associa-se ciência com desenvolvimento da tecnologia. Claro que essa associação é estreitíssima; porém, a ciência também influi – e muito – na cultura (sem falar que a própria ciência é também cultura!). Foi dado acima o exemplo da interferência da teoria do Big Bang nas concepções sobre cosmogonia e da penetração de conceitos científicos nas artes e nos meios de comunicação de massa e, em boa parte por meio destes, na cultura popular.

Segundo: em geral, considera-se apenas a influência da ciência na tecnologia e (quando é o caso) na cultura, e não o contrário. Mas o mecanismo muitas vezes acontece nas duas mãos, em diferentes graus, dependendo da situação. No caso da relação ciência-tecnologia, livros mais detalhados de história da ciência sempre dão espaço para o impacto das inovações tecnológicas nos seus rumos. Um caso clássico de rica articulação entre a evolução das duas áreas é o desenvolvimento da termodinâmica e das máquinas a vapor durante as primeiras fases da Revolução Industrial (século XVIII). A necessidade de aperfeiçoamento nas máquinas demandava novas teorias, que, por sua vez, permitiam novas inovações nos artefatos, as quais, por sua vez, induziam novos estudos teóricos e assim por diante.


Locomotiva. Imagem: Wikipedia.

Já no caso da interação bilateral entre ciência e cultura, talvez um dos exemplos mais evidentes seja o nascimento das teorias astronômicas e físicas nos século XVI-XVII: o Sol como centro do Universo e não a Terra – a teoria heliocêntrica de Copérnico –; o empiricismo ou primado da observação empírica na investigação da natureza; a matematização da ciência por Newton etc. São elas filhas da dessacralização progressiva do pensamento europeu ocidental que se processou durante a Renascença desde pelo menos os fins do século XIII. Essa transformação cultural permitiu um desenvolvimento da racionalização da abordagem científica e do rompimento com as teorias defendidas pela elite intelectual da época, os escolásticos dos mosteiros medievais, e sustentadas pela Igreja. Na verdade, a própria escolástica fomentou o florescimento do racionalismo com suas sofisticadas exegeses das Escrituras.

Um interessante caso mais recente e de outra ordem é o da teoria do Big Bang, confundida por muitos cientistas ocidentais cristãos como o próprio momento da Criação, no sentido bíblico do termo. Trata-se, portanto, da influência da matriz cultural dos cientistas na interpretação da teoria, não na sua formulação propriamente dita. Aliás, essa teoria, não por acaso, foi formulada por um sacerdote religioso, o cônego belga Georges Lemaître (1894-1966), em 1927. Ela diz que o Universo como o conhecemos hoje surgiu a partir de uma situação em que toda a matéria encontrava-se extremamente concentrada e sofreu uma brusca expansão – expansão esta que continua até hoje (de fato, as observações astronômicas mostraram que as distâncias entre os grupos de galáxias aumenta progressivamente). Apesar de haver reações a essa interpretação ou à própria teoria em si desde sua formulação, apenas nos dias de hoje essa imagem etnocêntrica do Big Bang está sendo desmontada. Alguns cientistas contemporâneos reagem a ela explicitamente, como o físico Mário Novello.

A física moderna

Vejamos então no que consistem essas teorias modernas que têm tanta influência na conformação do ser humano moderno.

A chamada “física moderna” tem dois pilares: as teorias da relatividade e a mecânica quântica, surgidas basicamente no primeiro quarto do século XX. Ambas vieram substituir a teoria vigente até então, a chamada física newtoniana ou física clássica, baseada na mecânica formulada por Isaac Newton (1643-1727) na segunda metade do século XVII e que é aquela física normalmente estudada hoje nos colégios.

São dois pilares porque ambos começaram de modo independente no início do século XX e atualmente ainda não se conseguiu uma teoria consistente e comprovada por observações que os abarcasse. Cada um tem seus domínios de validade. Muito simplificadamente, pode-se dizer que a mecânica quântica trata de fenômenos envolvendo energias extremamente pequenas, em geral da ordem das energias de átomos em moléculas; e as teorias da relatividade, de energias muito grandes (energias cinéticas equivalentes a velocidades próximas à da luz; energias de campos gravitacionais próximos aos das superfícies das estrelas mais densas etc). Seus resultados afastam-se dos da física clássica nessas situações; e em geral tornam-se indistinguíveis das dela para energias mais próximas às do nosso cotidiano (por isso, elas são generalizações da física clássica – não provaram que esta última estava errada num sentido estrito, mas a complementaram).

Os conceitos mais básicos da mecânica quântica são bastante anti-intuitivos. Eis alguns:

*

a teoria prevê apenas probabilidades, ao que parece não por causa das limitações inerentes aos aparelhos de medida, mas por causa de um indeterminismo intrínseco à própria natureza;
*

o que entendemos normalmente por partícula é na verdade uma entidade distinta que se comporta às vezes como corpúsculo material e às vezes como onda;
*

a energia de muitos fenômenos é quantizada, como que constituída de átomos ou minúsculos “pacotes” de energia, chamados quanta (plural de quantum);
*

estados físicos (como “parado” e “em movimento”, ou como “nesta posição” e “naquela posição”) podem ser combinados, produzindo terceiros estados distintos (superposição quântica);
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superposições quânticas de duas ou mais partículas produzem situações em que não é possível associar um estado físico para cada partícula individual, mas apenas ao conjunto todo (“estado emaranhado”).

As teorias da relatividade, por sua vez, estão no plural porque são duas: a especial e a geral. A especial diverge da newtoniana para velocidades muito grandes, próximas à da luz. Fala da equivalência entre massa e energia (descrita pela famosa fórmula E = mc2), da dependência dos intervalos de tempo e de comprimentos com relação ao observador, da impossibilidade de velocidades maiores que o valor da velocidade da luz no vácuo (300 mil km/s, aproximadamente).

A teoria da relatividade geral dá resultados diferentes dos da física clássica para campos gravitacionais extremamente intensos e para distâncias muito grandes, da ordem das de galáxias ou maiores. Fala sobre a curvatura do espaço-tempo e é a base das teorias sobre buracos negros e da evolução do Universo como um todo (a “cosmologia científica”), incluindo o Big-Bang.

Para contextualizá-las melhor, é interessante relacioná-las com as duas partes da mecânica de Newton: sua teoria do movimento (a mecânica propriamente dita) e a sua teoria da gravitação universal (aquela que diz que “dois corpos se atraem com uma força diretamente proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa” – é a força da gravidade). A mecânica quântica e a teoria da relatividade especial substituíram a teoria do movimento de Newton, cada uma no seu âmbito de validade. Já a teoria da relatividade geral substituiu a teoria da gravitação. Não existe ainda uma teoria quântica da gravitação que seja comprovada experimentalmente.

Os dois pilares foram unificados parcialmente. A mecânica quântica e a relatividade especial foram “fundidas” em uma única teoria, conhecida por “teoria quântica do campo”, formulada entre o fim dos anos 1920 e os anos 1940. Já a teoria da relatividade geral permanece incompatível com a mecânica quântica (e com a teoria quântica do campo). Encontrar uma teoria única consistente com ambas é uma das principais fronteiras da física teórica atual. Há candidatas, como a teoria das cordas e a teoria da gravitação em laços – “loop quantum gravity” –, mas ainda sem comprovação experimental.

Perspectivas sobre o lugar do ser humano no mundo

De volta às influências. Vimos no início deste texto o impacto tremendo, na sociedade, das tecnologias baseadas em fenômenos quânticos. Essa influência tende a se aprofundar, pois novas tecnologias estão à vista, como a nanotecnologia e a computação quântica. Esta última, aliás, usa conceitos quânticos bastante afastados da intuição – a superposição de estados e o emaranhamento descritos acima – e é interessante imaginar qual será, a longo prazo, a reação da sociedade à tensão entre a impenetrabilidade desses conceitos e a sua presença intensiva oculta por detrás da vida prática.

É necessário dizer que outra teoria anterior também teve impactos ainda maiores: a termodinâmica. Como dito anteriormente, ela surgiu juntamente com as pesquisas sobre a máquina a vapor – que, por sua vez, ocorreu no contexto das primeiras fases da Revolução Industrial, no século XVIII. O impacto na sociedade dessa revolução e da generalização do uso desses artefatos na indústria e nas locomotivas a vapor é difícil de se estimar. Houve consequências dramáticas na divisão social do trabalho, na vida das pessoas que passaram a trabalhar às vezes mais de 14 horas em indústrias, na economia da Inglaterra e depois do resto da Europa e do mundo.

Falemos agora de cultura. Em particular, dos desdobramentos das duas teorias da relatividade sobre a cultura.

O caso da teoria da relatividade geral está intimamente ligado ao da cosmologia e pode ser visto como uma continuação de processos anteriores que vêm desde o século XVI. Por volta de 1510, o astrônomo germano-polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) formulou sua teoria heliocêntrica, segundo a qual os planetas (e estrelas) se moveriam ao redor do Sol, e não da Terra. Sua teoria não foi levada a sério de imediato pela maior parte das pessoas, mas com o tempo acabou por suplantar sua antiga rival. Era uma mudança radical na percepção do ser humano sobre seu lugar na ordem das coisas.

A cosmologia de então estava fortemente baseada numa interpretação das teorias de Aristóteles (384 a.C.–322 a.C.) feita pela filosofia medieval em articulação com as Escrituras sagradas cristãs. Um de seus aspectos, falando simplificadamente, dizia que, sendo o céu a morada divina, tudo lá tinha que ser perfeito – em particular, as formas dos astros e de suas órbitas teriam necessariamente que ser circulares, o que seria a forma perfeita. O círculo era, assim, o movimento natural no céu, enquanto na Terra era a linha reta.

Essa perfeição foi sendo desmontada aos poucos. Após Copérnico, o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630) mostrou, a partir de dados astronômicos precisos, que as órbitas eram elípticas, e não circulares, e descreveu o movimento dos astros com três leis que, mais tarde, foram usadas por Newton para descobrir qual força os faria mover-se daquela forma – era a força da gravitação universal. Galileu (1564-1642) mostrou a existência das manchas solares, das crateras da Lua (imperfeições nos imaculados corpos celestes, impensáveis para os escolásticos mais ortodoxos) e dos satélites de Júpiter – elementos estranhos ao maquinário cósmico escolástico que giravam ao redor de um centro que não era a Terra (nem o Sol).


Imagem: Wikipedia

Na época de Newton, a dessacralização já estava madura o suficiente para que se aceitasse que a física celeste e a física na Terra eram a mesma. Talvez a teoria da gravitação possa ser considerada um símbolo da concretização dessa ideia: a força que faz cair a maçã na Terra é a mesma que faz com que os astros girem ao redor do Sol em suas órbitas elípticas.

A cosmologia no século XX

A revolução na percepção de mundo não parou aí. O ano de 1917 foi outro marco. Nele, surgiu o que se chama hoje “cosmologia científica”. Até então, essa expressão, ou, mais precisamente, sua irmã, “cosmogonia científica”, era praticamente uma antinomia – as teorias cosmogônicas eram todas míticas. Elas vão dos mitos indígenas até a mitologia grega, da filosofia hindu até a tradição oral de tribos africanas. No ano anterior, em 1916, Albert Einstein (1879-1955) – e, independentemente, David Hilbert (1862-1943) – concluiu sua Teoria da Relatividade Geral. Einstein percebeu que essa teoria poderia ser usada para descrever o Universo como um todo, pois a força que rege sua evolução em larga escala é exatamente a gravitação. Em 1917, ele publicou o primeiro modelo cosmológico científico com sua teoria. Era o nascimento da cosmologia científica.

Outros desenvolvimentos da astronomia provocaram mudanças na cosmologia que foram assimiladas pelo público em geral:

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Os universos-ilha – Nos anos 1920, um conjunto de observações astronômicas de Edwin Hubble (1889-1953) mostrou que várias nebulosas – objetos celestes com aspecto de imensas nuvens – eram, na verdade, galáxias como a Via-Láctea, “universos-ilhas”.

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A expansão do Universo – a noção de que o Universo em larga escala seria estático no tempo era tão arraigada no Ocidente que o próprio Einstein introduziu um termo a mais em suas equações, pois não aceitava que estas implicassem em um Universo dinâmico, como acontecia (mais tarde, disse ter sido esse o maior erro de sua vida). O russo Alexander Friedmann (1888-1925), no entanto, no início dos anos 1920, propôs um modelo mais sofisticado que previa um Universo em expansão. Em 1929, as observações astronômicas de Hubble mostraram que o Universo de fato não é estático, mas dinâmico. As distâncias entre os grupos de galáxias estão constantemente aumentando – o Universo expande-se continuamente no tempo (a relatividade geral mostrou que é o próprio espaço que se expande e, com ele, os grupos de galáxias).

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Teoria do Big Bang – Originou-se da constatação da expansão do Universo: extrapolando-a para trás no tempo, conclui-se que um dia a matéria esteve concentrada numa pequena região do espaço. A partir daí, sofreu uma forte expansão que originou a conformação atual do Cosmo. Foi também criada com base na relatividade geral.

Coroando todo esse processo secular, em 1966, foram divulgadas fotos, da sonda lunar Orbiter, da Terra nascendo no horizonte da Lua – ainda por cima, em fase crescente. Uma inversão de perspectivas que causou forte impressão na época.


Foto: Nasa.

Tudo é relativo?

Outra teoria física com impacto cultural interessante foi a Teoria da Relatividade Especial.

É comum associar-se a ela a noção de que “tudo é relativo”. Porém, como todas as outras teorias da física, a relatividade fala apenas de entes físicos – matéria, energia, espaço e tempo. Além disso, a ideia original da teoria, apesar do nome, foi inteiramente oposta: recuperar a uniformização dos pontos de vista de todos os observadores no que tange à descrição física do mundo. Na virada do século XIX para o XX, essa uniformização, existente na teoria de Newton, parecia ter sido quebrada pelo eletromagnetismo. A razão disso era que o eletromagnetismo é incompatível com a teoria de Newton (porque é compatível com a relatividade). A dependência das distâncias e dos intervalos de tempo com relação aos observadores é, na verdade, uma manifestação da equivalência dos pontos de vista de todos os observadores inerciais (que mantêm velocidade constante entre si).

Certamente a interpretação de que tudo é relativo não se deveu apenas à teoria da relatividade, mas ao espírito da época, de frustração com as expectativas progressistas do século anterior e revisão de valores estabelecidos em todas as áreas – artes, moral, política, filosofia.

Não só. Estamos falando aqui de relação entre ciência e cultura, mas a própria ciência também é cultura. Autores como Mauro de Almeida relacionam o impacto da teoria da relatividade na percepção geral das pessoas com as teorias antropológicas sobre relativismo cultural que apareceram desde o início do século XX. De novo, foi apenas um fator: importante também foi o contato dos antropólogos com as diversas culturas africanas a partir do fim do século XIX, quando os domínios coloniais das potências europeias avançaram rapidamente sobre o território africano, na intensa corrida imperialista de ocupação do continente que se seguiu ao Pacto de Berlim de 1885-6.

Um caso particularmente interessante descrito por Almeida em seu artigo no livro Einstein: muito além da relatividade (Instituto Sangari) é o do estruturalismo do antropólogo belga Claude Levi-Strauss (1908-2009). Ele baseou sua teoria da microfísica do parentesco nos grupos de transformação da matemática e na busca de invariantes. A teoria dos grupos é uma parte da matemática que descreve certos tipos de conjunto chamados “grupos”, mas ela foi apropriada pela física em seu caso particular em que os grupos são conjuntos de “transformações de simetria” – modificações dos sistemas físicos que não alteram sua configuração, por causa de sua simetria (como um reflexo do corpo humano, sua imagem no espelho, que parece idêntica à original por causa de sua simetria esquerda-direita). A função dessa teoria físico-matemática é explorar ao máximo as considerações de simetria para simplificar problemas e extrair, com raciocínios rápidos e simples, resultados que de outra forma demandariam extensos cálculos. Lévi-Strauss usa método muito semelhante na sua teoria e se refere explicitamente à original matemática.


Desenho de Pearson Scott Foresman. Fonte: Wikipedia

Usos de teorias da física e da matemática em analogias e metáforas nas ciências humanas e na filosofia não são raros. Supostos exageros levaram à denúncia escandalosa do físico Alan Sokal, que publicou um texto inventado numa revista de sociologia de prestígio e depois desmascarou a farsa, causando grande debate sobre o uso de tais analogias.

Também a relativização dos intervalos de tempo inspirou cientistas de outras áreas. O pedagogo Jean Piaget afirmou, em seu livro A noção de tempo na criança – que surgiu a partir de uma sugestão de Einstein –, que “o tempo relativista de Einstein expressa um princípio válido da formação do tempo físico e psicológico desde a gênese do tempo nas crianças de tenra idade”.

Finalmente, há autores, como Arthur Miller, que vêem na obra do pintor cubista espanhol Pablo Picasso (1881-1973) influência da teoria da relatividade. Ainda na arte, a relativização dos intervalos de tempo e a possibilidade científica real de viagens temporais (ver artigo na ComCiência) levou ao advento de verdadeiros paradigmas, soluções utilizadas recorrentemente na área de ficção científica (como os saltos no espaço-tempo para vencer distâncias a velocidades maiores que a da luz, ideia inspirada nos “túneis de vermes” – “wormholes” – previstos pela Teoria da Relatividade Geral).

Esses dois exemplos, das teorias astronômicas e cosmológicas e da Teoria da Relatividade Especial, ilustram duas das diferentes maneiras pelas quais as teorias físicas podem influenciar a cultura humana. Nas primeiras, falou-se de uma influência direta, pela qual o conhecimento científico foi assimilado pelo público em geral e passou a interferir nas suas noções cosmológicas. Na segunda, o exemplo foi da passagem de elementos da teoria original para outros âmbitos, com significados alterados em diferentes graus. Já a mecânica quântica e a termodinâmica, comentadas mais rapidamente na primeira parte do texto, ilustram impactos fortes no modo de vida da sociedade por meio das tecnologias que delas derivaram. Há também curiosos desdobramentos culturais da mecânica quântica – reações contra o determinismo, teorias místicas etc – mas, por falta de perspectiva histórica suficiente, seu significado não é muito claro e muito disso pareceu revelar-se, após o ano 2000, meros modismos milenaristas passageiros.

Roberto Belisário é doutor em física pela Universidade Estadual de Campinas, com especialização em jornalismo científico e atuante em divulgação científica.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RIO - UMA TESE IMPORTANTE

POR QUE EXPLODIRAM OS CASOS DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO RIO-CAPITAL!
                          
1. Nos últimos 12 meses, somando os casos divulgados e não divulgados (por certo temor) nas escolas públicas municipais, os casos de violência de alunos a professores, entre alunos, de agressões internas e externas ao patrimônio das escolas foi maior que a soma de todos os anos de 2000 a 2008. O número é espantoso: de 5 casos por ano no conjunto das 1060 escolas, ou 45 em nove anos, para pelo menos 390 em um ano, de junho 2009 a junho de 2010.
                          
2. De dois em dois anos a secretaria de educação da prefeitura do Rio realizava pesquisa, escola a escola, sobre violência interna às escolas e violência externa. Internamente, a curva, além de descendente, mostrava apenas casos fortuitos. Por que esse quadro mudou tanto em tão pouco tempo?
                          
3. Há duas explicações básicas. A primeira é a desmontagem do foco em inclusão social. As escolas públicas em países, regiões e locais menos desenvolvidos devem equilibrar dois vetores: a qualidade do ensino e a inclusão social. Isso exige concessões de um e outro lado, sem que nem um nem outro seja afetado em seu núcleo. Assim ensinavam os professores Anísio Teixeira, Paulo Freire e Darcy Ribeiro. Na medida em que se impõe às escolas públicas uma lógica de falsa meritocracia, na verdade "notacracia", se estressa os alunos, se derruba a autoestima dos mesmos e o resultado é o aumento e descontrole de casos de violência. Os estudos pelo mundo afora mostram isso nas chamadas escolas de periferia.
                          
4. A segunda explicação é a tentativa de minimizar a importância do magistério, substituindo-o por sistemas impessoais, em nome de uma tecnologia abstrata, aplicável em qualquer lugar. O professor Paulo Freire reagiria duramente a isso. Até seu processo de alfabetização, relacionava a leitura e a escrita à experiência local dos alunos. Os professores municipais, cujo DNA vem das "escolas do Imperador", foram os primeiros servidores estáveis no início da República, e foram orientados nos anos 30 pelo professor Anísio Teixeira, agora são atropelados por institutos privados que se colocam como o monopólio do saber e detentores de pacotes, que são muito mais data-shows do que aplicação da tecnologia à educação, pois esta nunca poderá prescindir da comunicação oral, da interação social, da autoridade do professor e da pedagogia da sala de aula.
                          
5. A escola é pública, está inserida em seu entorno sociocultural e a sala de aula, ela mesma é um universo, onde a professora cumpre funções amplas que vão muito além do ensino. O que está ocorrendo -nesta tentativa de odor privatizante e elitizante- é a minimização do professor e, por isso, a perda de sua autoridade na sala de aula e na escola. E sem essa autoridade, multiplicam-se os casos de agressão aos professores e às escolas. Esse é o segundo vetor deste binômio trágico: desmonte da autoestima do aluno / quebra de autoridade do professor, que explica o porquê da explosão de casos de violência de todos os tipos nas escolas públicas do município do Rio.


PUBLICADO ONTEM NO EX-BLOG CESAR MAIA

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MOVIMENTO CONTRA CORRUPÇÃO

Movimento Anticorrupção pretende mapear práticas de conluio  

Brasília, 05 de julho de 2010.
Em reunião ocorrida dia 1º de julho, na sede do Instituto Ethos, em São Paulo, as entidades que compõem o Movimento Anticorrupção da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia acertaram um agenda de atividades que inclui a formação de um Grupo de Trabalho (GT) para realizar um levantamento sobre os principais mecanismos utilizados nas práticas de corrupção. A relação público/privada, mesmo dentro da legalidade, pode esconder práticas de conluio, tanto pelo lado das empresas quanto do governo, muito danosas ao interesse público, considerou o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, que encabeça o Movimento.
O vice-presidente do Instituto Ethos, engenheiro Paulo Itacarambi, propõe às entidades a adesão ao Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a Corrupção (htpp://www.empresalimpa.org.br/projeto.aspx) e também participação na Conferência latino-americana sobre Responsabilidade Corporativa na Promoção de Integridade e no Combate à Corrupção, que acontecerá em São Paulo, de 21 a 23 de julho. O evento é uma realização da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com o apoio, no Brasil, da Controladoria Geral da União - CGU.
O mapeamento da corrupção, no entendimento dos participantes do Movimento, servirá de subsídio para futura promoção de pactos setoriais de integridade e combate à corrupção. Exemplos internacionais, como o da Colômbia, serão analisados pelo GT.
Criado há 18 anos, o Instituto Ethos trabalhou seus primeiros anos com adesão voluntária das empresas, mas passou agora a atuar também na proposição de regulamentação. Uma dessas proposições é o chamado cadastro positivo, cuja consulta pública foi encerrada no dia 1° de julho. Com ele pretende-se instituir um cadastro da empresas que adotam posturas éticas em suas relações com o poder público e com a sociedade.
O presidente do Confea também propôs um trabalho conjunto na mobilização para o controle social de obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas 2016, bem como na discussão sobre a revisão da Lei de Licitações (8.666/93), na qual o Movimento propõe a exigência de projeto completo, com orçamento detalhado e responsabilidade técnica definida, como forma de reduzir os riscos de corrupção.
O Movimento Anticorrupção, além de propor o aperfeiçoamento de processos de contratação e execução de obras e serviços nas áreas da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia também defende o financiamento público de campanhas eleitorais, como forma de dar transparência aos processos de decisão política.
A realização de pregão para obras de engenharia também foi muito criticada por membros do Movimento. Antônio Rolim, assessor do Sinaenco, citou o exemplo da construção de dois túneis para o metrô de São Paulo, na qual a empresa vencedora venceu com desconto de 46% sobre o preço original.  Segundo ele, a priorização do preço, em detrimento da técnica, compromete a qualidade e segurança dos empreendimentos.
Participaram da reunião Marcos Túlio de Melo (Confea), Paulo Itacarambi (Ethos), José Tadeu (Crea-SP e Febrae), Fernando Branquinho (AEABB), Luiz Zigmantas (Aneac), Jorge Guaracy (ANT), José Paulo Garcia (Sindicato Tecnólogos SP), Vicente Trindade (Fisenge), Antonio Othon Rolim (Sinaenco) e Fausto  de Medeiros Filho (ABER).
Aloisio Lopes
Assessoria de Comunicação do Confea

domingo, 4 de julho de 2010

O CRESCIMENTO POPULACIONAL

No jornal O Globo de hoje, na seção de Economia, um gráfico mostra a Evolução da População Mundial, cuja fonte de dados é a Divisão de População das Nações Unidas. Se esta fonte estiver correta, podemos verificar que em 70 anos - de 1950 a 2020 a população que vive no planeta terra deverá mais do que triplicar em BILHÕES. Dados demonstrados que em 2010, hoje, o Planeta Terra possui 6,91 BILHÕES de pessoas. Quase 2,8 vezes em BILHÕES maior que a população de 1950, que era de 2,5 BILHÕES.
Isto significa que quase todos aqueles que nasceram na década de 50 do século XX se reproduziram em proporções alarmantes. E quase todos estão aqui, vivendo embolados neste limitado planeta.
De forma análoga, vamos pensar um pouco: imagina que em sua casa em 1950, viviam 4 pessoas, isto significa que viveriam hoje 11 pessoas na mesma casa,com os mesmos recursos financeiros, estruturais, ecológicos e com a mesma metragem quadrada de outrora...
VOCÊS ACHAM QUE ISSO É CIVILIDADE??? VOCÊS ACHAM QUE ESTA CASA SE SUSTENTARIA COM A MESMA QUALIDADE DE VIDA??? SEM PRAGAS, DOENÇAS, CONVULSÕES SOCIAIS, VIOLÊNCIA ETC...
VOCÊS ACHAM QUE NADA SAIRIA DO NOSSO CONTROLE???
QUE NÃO HAVERIA NENHUM TIPO DE REAÇÃO DA NATUREZA, DE UM ENTE VIVO, QUE É A TERRA???
Enfim, este é um exercício reflexivo crucial que deveria ser feito todo o dia, por todos nós. Longe, certamente, da demagogia da esquerda!!!
Fica aqui esta mensagem e boa semana a todos!!!

sábado, 3 de julho de 2010

O MAPA ASTROLÓGICO E A REENCARNAÇÃO II

Júpiter em um mapa astrológico, segundo Donald Yott, demonstra a área na qual a pessoa pode eliminar o seu karma da melhor forma. A sua localização assegurará ao nativo as oportunidades dentro das atividades de sua localização para focar a sua atenção na eliminação do karma. Júpiter significa conhecimento e através desta qualidade, e de onde está localizado no mapa, que a pessoa deve agir. Este planeta representa também a polaridade, e isto é importante uma vez que devemos adquirir equilíbrio.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O MAPA ASTROLÓGICO E A REENCARNAÇÃO

O efeito da reencarnação em um mapa astrológico, segundo Yott, deve ser observado pelo astrólogo, onde estão localizados: SATURNO, JÚPITER E MERCÚRIO. 
SATURNO representa a soma total do Karma de uma pessoa, adquirido em diversos períodos de vidas. Sua localização em um mapa astrológico determina com precisão a época histórica na qual o Karma foi acumulado.

O Karma pode ser positivo ou negativo, com aspecto quíntuplo, por exemplo, estamos sujeitos ao:
1. Karma do planeta terra
2. Karma do nosso país 
3. Karma do nosso grupo étnico
4. Karma da nossa família
5. Karma Individual (sempre indicado por PLUTÃO)